BRASIL – Há dois anos, no começo da tarde de 8 de janeiro de 2023, ocorreram ataques às sedes dos três Poderes em Brasília — Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). Os atos resultaram em depredações e foram realizados por grupos contrários à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito no pleito de 2022. Esses acontecimentos geraram repercussão nacional e internacional, desencadeando investigações, condenações e medidas de reconstrução física e institucional.
A destruição do STF
![8 de janeiro - Ataques - Brasília](https://portaltucuma.com.br/wp-content/uploads/2024/01/8-de-janeiro-Ataques-Brasilia.jpg)
Durante os ataques, o STF foi alvo de extensa depredação. Vidraças foram estilhaçadas, mobiliário histórico destruído e obras de arte de grande valor cultural vandalizadas. Além disso, equipamentos tecnológicos essenciais para o funcionamento da Corte foram danificados, dificultando a retomada das atividades nos dias seguintes.
Entre as peças de maior destaque destruídas, encontra-se o “Relógio de Balthazar Martinot”, uma relíquia do século XVII, e diversas esculturas e quadros que representam parte importante do patrimônio artístico brasileiro. Muitas dessas obras já foram restauradas e reintegradas ao acervo da instituição, mas o custo da recuperação, somado ao investimento em segurança e reparação estrutural, elevou as despesas do STF.
O impacto financeiro do 8 de janeiro
Os danos ao STF superaram de forma significativa os custos registrados nas outras sedes dos Poderes. Enquanto o Supremo contabilizou prejuízos de R$ 11,41 milhões, os danos no Palácio do Planalto, no Senado e na Câmara dos Deputados, juntos, ficaram abaixo desse montante. O relatório da CPMI aponta que o alto custo se deve não apenas à destruição de itens históricos, mas também à complexidade do processo de restauração e à necessidade de reforçar as medidas de segurança da sede da Corte.
Reconstrução e preservação do patrimônio
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O trabalho de restauração das obras e itens destruídos foi conduzido com o apoio de instituições nacionais e internacionais. Um laboratório especializado foi montado no Palácio da Alvorada para receber as peças danificadas, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Entre as obras restauradas estão o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, a escultura “O Flautista”, de Bruno Giorgi, e a peça “Galhos e Sombras”, de Frans Krajcberg. Além disso, o “Relógio de Balthazar Martinot”, danificado durante a invasão, passou por um delicado processo de restauro coordenado em conjunto com especialistas do governo suíço.
Esses esforços não apenas preservaram o patrimônio histórico, mas também simbolizam o compromisso das instituições brasileiras em superar os ataques e garantir a continuidade do Estado Democrático de Direito.
Dois anos após os ataques, as consequências seguem ecoando no funcionamento das instituições públicas. Além das perdas financeiras, os eventos de 8 de janeiro impulsionaram discussões sobre o fortalecimento da segurança nas sedes dos Poderes. Novos protocolos foram implementados, e sistemas de monitoramento foram modernizados para evitar que eventos similares voltem a ocorrer.
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