Manaus (AM) – A Polícia Civil deu detalhes sobre o caso do comerciante João Bezerra de Lima, 42 anos, preso acusado de espancar até a morte o cliente Davi Benjamin Menezes de Menezes, 31 anos. O crime ocorreu no dia 27 de novembro em uma tabacaria localizada no bairro Jorge Teixeira, zona leste da capital amazonense.
De acordo com a delegada Débora Barreiros, titular do caso, a motivação do crime teria sido a acusação de que Davi estava realizando pagamentos com PIX falsos ao comprar produtos no estabelecimento. A vítima, que era cliente habitual da tabacaria, foi mantida em cárcere privado, torturada e brutalmente agredida, vindo a falecer dias depois em decorrência dos ferimentos.
Detalhes do crime
No dia do ocorrido, Davi realizou uma grande compra na tabacaria e levou metade dos produtos para casa por volta das 12h40. Retornou ao local às 16h15 para buscar o restante, momento em que foi abordado por João e outros suspeitos, que ainda estão sendo investigados. Ele foi levado para um cômodo do estabelecimento e espancado.
“Ele foi mantido dentro desse comércio por mais de uma hora e meia. Familiares foram avisados de que ele estava sendo torturado e há vídeos que mostram ele sendo interrogado dentro do local, já com muitas lesões”, relatou a delegada.
Após as agressões, Davi foi retirado da tabacaria pelos próprios familiares e pelo comerciante. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu e morreu quatro dias depois.
Investigação e prisão
Apesar de João negar envolvimento no crime, as investigações apontaram o contrário. Imagens das câmeras de segurança do estabelecimento mostram que Davi entrou andando normalmente no local e saiu carregado, inconsciente.
“Nós temos câmeras de segurança em análise que comprovam que ele entrou sozinho e saiu desfalecido. O comerciante tinha total domínio do estabelecimento e estava ciente de tudo que aconteceu lá dentro”, explicou Débora Barreiros.
Diante das evidências, a Justiça decretou a prisão temporária de João Bezerra de Lima e de seu segurança, Gouberto Douglas de Amorim Batista, que também é suspeito de participar das agressões e estava foragido por tentativa de homicídio.
Vestígios e perícia
Nesta quarta-feira (12), a Polícia Civil realizou buscas na tabacaria e encontrou vestígios de sangue no local. Segundo a perita Sâmia Tiradentes, os reagentes químicos confirmaram a presença de sangue, e o material foi coletado para novas análises.
“Todo o material será encaminhado à Delegacia de Homicídios. As informações dos laudos periciais ajudarão a concluir o inquérito”, afirmou a perita.
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