MUNDO – A construção do personagem Donald Trump começou há 51 anos, em um local que já não existe mais – dentro de um edifício exclusivo. Era um espaço parecido com um restaurante, mas onde apenas membros tinham acesso: um ponto de encontro para os ricos celebrarem e firmarem alianças. Trump, então com 27 anos, aproximou-se da mesa de um homem que, à época, era uma figura notória nos Estados Unidos. Esse homem era Roy Cohn, advogado das elites e celebridades mais poderosas do país – de magnatas a mafiosos. Cohn era conhecido por mexer os pauzinhos, requisitar favores e contornar a lei com destreza.
Filho de Fred Trump, um bem-sucedido empresário do mercado imobiliário em Nova York, Donald John Trump nasceu em 1946 no Queens, Nova York. Apesar da sólida formação financeira da família, sua infância e adolescência foram marcadas por um comportamento indisciplinado, que resultou em sua transferência para um internato militar. Estudou Administração na Universidade da Pensilvânia e entrou para o negócio familiar, expandindo a empresa para projetos ambiciosos, como hotéis de luxo e cassinos, e criando uma marca de grande visibilidade associada ao seu nome.
Nos anos 2000, Trump ganhou ainda mais notoriedade como apresentador do reality show “O Aprendiz”, onde popularizou a frase “You’re fired!” (“Você está demitido!”). A fama consolidada no entretenimento impulsionou seu caminho para a política, onde se destacou por discursos nacionalistas e por desafiar o sistema, projetando-se como um “outsider” pronto para combater o establishment.
Em 2016, sua candidatura à presidência dos EUA foi recebida com ceticismo, mas ele surpreendeu ao derrotar a democrata Hillary Clinton em uma campanha controversa e marcada por apoio populista. No cargo, Trump seguiu uma política de “América Primeiro”, repleta de medidas polêmicas, como o endurecimento das regras de imigração e uma postura de confronto com aliados e adversários comerciais, especialmente a China. Também fez nomeações de juízes conservadores que moldaram a Suprema Corte para anos futuros.
A pandemia de covid-19 minou as chances de sua reeleição em 2020, contribuindo para sua derrota para Joe Biden. Após sair do cargo, Trump enfrentou uma série de investigações e em 2024 foi condenado por fraude contábil, após supostamente pagar para silenciar Stormy Daniels, uma atriz que afirmava ter tido um caso com ele. Essa condenação fez dele o primeiro ex-presidente dos EUA a sofrer uma sentença criminal.
Mesmo fora da presidência, Trump mantém uma base de apoio fervorosa, representando um símbolo polarizador na política americana, além de seguir ativo em seus empreendimentos e nas redes sociais, onde continua a influenciar o cenário político e a cultura popular dos Estados Unidos.
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