Mundo – Embora o Natal seja tradicionalmente uma celebração cristã, seu espírito de união, caridade e amor transcende barreiras religiosas. Algumas religiões que não celebram o nascimento de Jesus Cristo encontram maneiras únicas de reconhecer ou reinterpretar o período. A seguir, veja como o Natal é visto em diferentes religiões:
1. Hanukkah judeu
Apesar do Natal não ser celebrado no judaísmo, a data muitas vezes coincide com o Hanukkah, ou Festival das Luzes. Essa celebração lembra a rededicação do Templo Sagrado em Jerusalém e o milagre do óleo que manteve a menorá acesa por oito dias.
Durante o Hanukkah, os judeus acendem velas na menorá, uma a cada noite, até que todas as oito estejam acesas. A festividade é marcada por orações, canções tradicionais, como “Maoz Tzur”, e alimentos fritos em óleo, como latkes (panquecas de batata) e sufganiyot (donuts recheados). As crianças costumam jogar dreidel, um jogo com pião, e recebem pequenas quantias de dinheiro ou presentes.
Embora não esteja relacionado ao Natal, o espírito de celebração e união familiar no Hanukkah é semelhante ao da festa cristã. Em países de maioria cristã, muitos judeus participam das celebrações natalinas de forma cultural, como em jantares com amigos ou atividades comunitárias.
2. Islã e a caridade
No Islã, Jesus (Isa, em árabe) é considerado um dos maiores profetas, mas o Natal, como celebração do nascimento de Cristo, não faz parte das práticas islâmicas. No entanto, muitos muçulmanos aproveitam a data para reforçar valores compartilhados com o cristianismo, como compaixão e generosidade.
Praticar a caridade (zakat) é um dos pilares fundamentais do Islã, e durante o período natalino, algumas famílias muçulmanas participam de campanhas para ajudar os menos favorecidos, mesmo que não celebrem o Natal em si. Em países de maioria cristã, é comum que muçulmanos participem de festas natalinas de amigos e vizinhos como forma de interação cultural.
Em comunidades onde cristãos e muçulmanos convivem em harmonia, o período natalino muitas vezes serve para reforçar laços de amizade e respeito mútuo.
3. As reflexões budistas
O Natal não é uma celebração oficial no budismo, mas muitos budistas veem o período como uma oportunidade para praticar meditação e reforçar valores como compaixão, bondade e generosidade.
Em países como o Japão, onde a maioria da população segue tradições budistas ou xintoístas, o Natal é amplamente celebrado de maneira secular. As ruas são decoradas com luzes e árvores de Natal, e a data é vista como uma oportunidade para encontros românticos ou festas familiares.
Para budistas que se dedicam à prática espiritual, o Natal pode ser uma época para refletir sobre como aplicar os ensinamentos de Buda no dia a dia, promovendo harmonia e alívio do sofrimento. Alguns templos até organizam atividades especiais, como meditações coletivas, para fomentar o espírito de paz que o Natal representa.
Mesmo em religiões que não celebram o Natal como um evento religioso, os valores de união, amor e generosidade encontram ressonância. Seja acendendo velas, praticando a caridade ou refletindo sobre a vida, essas tradições mostram como o espírito natalino é universal e pode ser vivido de diversas formas.
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