DIA DO LIVRO: Escritora manauara, Rebeca Beatriz lança versão da obra ‘Devaneio’ em braille

Escritora concedeu entrevista ao Portal Tucumã, onde explicou mais detalhes da nova versão da obra literária
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(Foto: Elias Fonseca/Portal Tucumã)

Manaus (AM) – A escritora, socióloga e jornalista amazonense Rebeca Beatriz lançou a versão em braille de sua obra Devaneio: Amores vividos, histórias inventadas. O lançamento aconteceu no Auditório Coronel Pedro Henrique Cordeiro Junior, no Palacete Provincial, em Manaus. Na última quinta-feira (24), a escritora concedeu entrevista ao Portal Tucumã, onde explicou mais detalhes da nova versão da obra literária.

Durante a entrevista, Rebeca explicou como foi feita produção da versão em braille. A escritora disse que foi utilizado uma ferramenta chamada reglete para fazer pequenos furos no papel, que iriam servir para reproduzir a escrita na linguagem braille. A jornalista também falou como funciona, a leitura de uma obra literária nessa linguagem: “Pode ser utilizada apenas uma mão, ou pode ser usada duas para uma leitura um pouco mais acelerada”, enfatizou Rebeca.

(Foto: Elias Fonseca/Portal Tucumã)

Foram produzidos 20 exemplares em braille, que serão distribuídos gratuitamente para bibliotecas em Manaus e nos municípios de Boa Vista do Ramos, Parintins e Presidente Figueiredo. Entre os espaços contemplados está a Biblioteca Braille do Amazonas, reconhecida por possuir o terceiro maior acervo de livros em braille do Brasil. O projeto de adaptação foi possível graças ao apoio da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), voltada para o incentivo a iniciativas culturais.

Para Rebeca Beatriz, a adaptação de sua obra em linguagem tátil vai além de uma conquista pessoal. É também um esforço de conscientização. “A União Mundial dos Cegos aponta que apenas 5% dos livros em todo o mundo são adaptados para o braille. Com o lançamento do Devaneio tátil, buscamos conscientizar a sociedade sobre o direito universal à educação e ao conhecimento”, destacou a autora, mencionando títulos como O Pequeno Príncipe, Dom Quixote e a saga Harry Potter, obras que também alcançaram a tradução para braille. “A ideia é derrubar barreiras e contribuir para um melhor acesso à literatura para todas as pessoas.”

Um olhar sobre Devaneio

Publicado originalmente em 2019 pela editora Callenda, durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, Devaneio: Amores vividos, histórias inventadas reúne contos sobre o amor, a dor, a perda e a superação, sentimentos universais. A obra explora sonhos, expectativas e emoções humanas, reflexões sobre o que une as pessoas, independentemente de qualquer barreira física ou sensorial. “Todo mundo ama, todo mundo sente. Não importa se a pessoa possui alguma deficiência física, não importa a condição financeira e não importa se ela não enxerga, porque o sentimento vem do coração”, ressalta Rebeca, cuja relação com a acessibilidade é também pessoal: ela tem familiares com deficiência visual e seu pai, em vida, ensinava música para pessoas com deficiência.

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