Eduardo Braga tem processo arquivado por falta de provas

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Foto: Reprodução

AMAZONAS – O procurador-geral da República, Paulo Gonet, determinou o arquivamento do inquérito que investigava os senadores Eduardo Braga (AM) e Renan Calheiros (AL), ambos do MDB, por supostas acusações de corrupção ligadas ao Grupo Hypermarcas. A decisão foi anunciada na última quarta-feira (2) e se baseou na avaliação de que não há elementos suficientes para comprovar o envolvimento dos parlamentares no esquema de propinas.

O caso começou com delações do ex-diretor de Relações Institucionais do Hypermarcas, Nelson Mello, que mencionou os senadores em seu depoimento. Segundo Mello, as propinas eram intermediadas pelo lobista Milton Lyra. No entanto, de acordo com a PGR, não foi possível estabelecer uma ligação direta entre Lyra e os dois senadores. O procurador-geral destacou que, embora existam indícios de que Lyra tenha recebido pagamentos da farmacêutica, não há provas de que esses recursos tenham sido destinados a Renan Calheiros ou Eduardo Braga.

O arquivamento do inquérito foi encaminhado à Justiça do Distrito Federal, responsável por julgar pessoas sem prerrogativa de foro, confirmando que não há evidências concretas que justifiquem a continuidade da investigação. A PGR frisou a importância de provas robustas para dar seguimento a casos de corrupção, e a ausência dessas evidências fundamentou a decisão de Gonet.

A defesa de Eduardo Braga, representada pelo advogado Fabiano Silveira, criticou as acusações, classificando-as como “ilações esdrúxulas”. Segundo nota divulgada, o parlamentar não teve contato com o delator, que teria alterado sua versão dos fatos quatro anos após o início das investigações, e suas declarações estariam baseadas em “ouvir dizer”. A defesa também expressou confiança no arquivamento definitivo do inquérito, lamentando o que chamou de vazamentos ilegais durante o processo.

O inquérito, iniciado em 2018 pela Polícia Federal, investigava os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa supostamente praticados pelos parlamentares. Com o arquivamento, o foco do caso passa a ser o papel do lobista Milton Lyra e os pagamentos recebidos do Grupo Hypermarcas, sem que os senadores sejam implicados diretamente.

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