Manaus (AM) – Na última quinta-feira (26), Felipe Oder Carlos Bezerra e Keronlayne Duarte da Silva de Vasconcelos, ambos de 30 anos, foram presos pelos homicídios do segurança Bruno França Candido, de 30 anos, e o vigilante Emanoel de Jesus dos Santos Junior, de 23 anos. O crime, que chocou a população, ocorreu no dia 1º de dezembro, em um sítio no município de Iranduba, onde os corpos foram carbonizados.
Felipe, que era professor de artes marciais e instrutor de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), teria cometido o crime devido a uma dívida que possuía com as vítimas, que eram seus alunos e trabalhavam como vigilantes para ele. Segundo o delegado Raul Augusto Neto, titular da 31ª DIP, Felipe não havia realizado os pagamentos há cerca de quatro meses, e os dois homens passaram a cobrar a dívida, o que culminou no desfecho trágico.
De acordo com as investigações, no dia do crime, Felipe teria pedido a Keronlayne que buscasse Bruno em Manaus e o levasse ao sítio, onde Emanoel já estava presente. No local, houve um desentendimento, e Felipe matou Bruno utilizando golpes de artes marciais e facadas no pescoço. O vigilante, ao tentar defender o amigo, foi morto com uma paulada na cabeça.
Após os homicídios, Felipe teria incinerado os corpos em uma fogueira, queimando-os por horas para ocultar os vestígios do crime. A polícia apreendeu Felipe e Keronlayne na Rodovia AM-010. Durante o interrogatório, o casal confessou os homicídios. Felipe ainda foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo com numeração suprimida.
Keronlayne enviava informações falsas sobre o paradeiro do vigilante
A mãe de Emanoel relatou o sofrimento da família e cobrou punição exemplar. “Está no IML, uma ossada, a gente não sabe se é do meu filho. Ele [Felipe] confessou que matou os dois. Eu só quero justiça pelo meu filho e pelo Bruno. Quero que ele pague o que fez e vá para júri popular. Meu filho foi enganado por quem se dizia amigo dele”, desabafou emocionada.
“Enganado por quem se dizia amigo” desabafa mãe de vigilante carbonizado por casal em Iranduba pic.twitter.com/VJX3ksnjCI
— Tucumamidias4 (@Tucumamidias411) December 30, 2024
A mãe do vigilante também revelou que Keronlayne teria ajudado Felipe a despistar as famílias das vítimas, enviando informações falsas sobre o paradeiro de Bruno e Felipe, o que agravou ainda mais o sentimento de traição e dor entre os parentes.
Felipe e Keronlayne foram autuados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A pena prevista para esses crimes pode ultrapassar 30 anos de reclusão, caso sejam condenados. A Polícia Civil continua as investigações, enquanto familiares aguardam os resultados dos exames de DNA que confirmarão a identidade dos corpos encontrados.
O caso segue gerando comoção e revolta, com a comunidade de Iranduba clamando por justiça para as vítimas.
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