MUNDO – Israel entrou oficialmente em estado de emergência nesta quinta-feira (12), poucas horas após realizar um ataque preventivo contra alvos no Irã. A medida, anunciada pelo ministro da Defesa, Israel Katz, inclui o fechamento total do espaço aéreo israelense e reforça a expectativa de uma possível retaliação iminente por parte do regime iraniano.
“Estão mais perto do que nunca da bomba atômica”, diz porta-voz de Israel sobre ataques ao Irã. “Não temos escolha, estamos operando contra uma ameaça iminente e existencial”, afirmou Effie Defrin sobre o ataque preventivo israelense a alvos nucleares iranianos.
A ação militar ocorre em um momento particularmente sensível no cenário internacional. O ataque israelense foi deflagrado poucas horas antes de os Estados Unidos iniciarem uma nova rodada de negociações com Teerã, com foco na contenção do programa nuclear iraniano.
O Irã, por sua vez, reforçou nesta semana sua posição. O presidente recém-eleito, Masoud Pezeshkian, declarou publicamente que o país continuará o enriquecimento de urânio, elemento-chave para o desenvolvimento de armas nucleares, uma linha vermelha para o governo de Benjamin Netanyahu.
A ofensiva de Tel Aviv marca um novo ponto de ebulição nas relações entre os dois países, que voltaram a se deteriorar nos últimos oito meses após uma série de ataques mútuos e ameaças cruzadas. Nesta quinta, a mídia estatal iraniana confirmou explosões nos arredores da capital Teerã, mas não detalhou danos ou possíveis vítimas.
O avanço nuclear do Irã tem sido um dos principais pontos de atrito com a comunidade internacional. Israel, que considera inaceitável a possibilidade de Teerã se tornar uma potência nuclear, havia sinalizado ainda em 2024 que tomaria medidas unilaterais se necessário.
Embora os Estados Unidos ainda não tenham emitido uma posição oficial após o ataque israelense, fontes diplomáticas afirmam que o governo americano foi surpreendido pelo momento da ação, o que pode comprometer os esforços de diálogo em curso.
O Conselho de Segurança da ONU já articula uma reunião de emergência para avaliar a crise. Especialistas alertam que o conflito pode se espalhar por toda a região, afetando diretamente o Líbano, a Síria e até rotas comerciais estratégicas no Golfo Pérsico.
Com mísseis, drones e diplomacia em rota de colisão, o Oriente Médio volta a viver dias de incerteza, em uma escalada que pode redefinir o equilíbrio de forças na região.
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