Brasil – A estudante de odontologia Thamily Venâncio Ereno, de 23 anos, morreu na madrugada deste domingo (23/3) após ser atingida por um disparo na cabeça durante uma ação policial na sexta-feira (21), em Criciúma, Santa Catarina. A família confirmou o óbito da jovem, que teve morte encefálica — a perda irreversível das funções do cérebro e do tronco cerebral.
O corpo de Thamily será velado na próxima segunda-feira (24/3), no Cemitério Santa Bárbara, na cidade de Lauro Muller, em Santa Catarina.
Ação Policial e Disparo Fatal
A operação policial visava o cumprimento de um mandado de prisão contra um homem de 20 anos, namorado da estudante, suspeito de envolvimento com tráfico de drogas e organização criminosa. No momento da abordagem, Thamily e o companheiro estavam em um carro de aplicativo, cujo motorista não obedeceu à ordem de parada e acelerou de marcha ré em direção à viatura policial.
Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), a manobra brusca colocou os agentes em risco, levando-os a realizar um disparo para conter a suposta agressão. O tiro atingiu a estudante, que estava sentada no banco de trás do veículo. A jovem foi levada ao hospital em estado grave, mas não resistiu.
O motorista do carro foi preso preventivamente sob as acusações de tentativa de homicídio e desobediência.
Pedido de Justiça
A família da estudante de odotonlogia criou um perfil nas redes sociais (@justiçapelathamily) para exigir justiça. Segundo os familiares, a estudante não possuía antecedentes criminais e foi “cruelmente atingida” durante a operação.
A defesa do motorista alegou que ele se assustou com a abordagem policial, pois a viatura não estava identificada e os agentes partiram em direção ao carro de forma abrupta. Diante do que acreditava ser uma tentativa de assalto, o motorista deu ré, mas acabou bloqueado por outro veículo, momento em que foi atingido por uma segunda viatura.
Ainda segundo a defesa, houve uma tentativa de incriminar o condutor pela suposta tentativa de homicídio contra os policiais. O advogado afirmou que todos os envolvidos foram ouvidos na delegacia, exceto a policial que efetuou o disparo fatal.
Outro ponto de contestação foi o relato de uma testemunha que teria registrado a abordagem com o celular. Segundo a defesa, um policial a obrigou a apagar as imagens antes de devolver o aparelho.
O caso gerou grande repercussão e a família da jovem pede investigações rigorosas sobre a ação policial que resultou na morte de Thamily.
Leia mais
Receba notícias do Portal Tucumã no seu WhatsApp e fique bem informado!
CLIQUE AQUI: https://cutt.ly/96sGWrb