Brasil – Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira, de 26 anos, foi condenado a 21 anos e 10 meses de prisão, em regime fechado, pelo assassinato da professora Cleide Aparecida dos Santos, de 60 anos, e pela tentativa de homicídio contra o filho dela, Anício Nonato da Silva Júnior, em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. O crime brutal ocorreu na madrugada de 24 de agosto de 2022 e chocou a comunidade local.
Segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO), Henrique desferiu 17 facadas contra a professora, motivado por um sentimento de vingança após ser repreendido por ela na época em que estudava no Colégio Castelo Branco, em 2014. Na ocasião do crime, ele também esfaqueou o filho da vítima, que tentou defendê-la. O acusado foi preso em flagrante cerca de oito horas após o ocorrido, quando procurou atendimento médico em uma UPA da cidade devido a um corte no pé, sofrido durante a fuga.
O julgamento foi realizado na quarta-feira (9 de abril) após recursos e a anulação de decisões anteriores. Ao todo, 25 jurados participaram da sessão do júri popular, que também ouviu cinco testemunhas. A sentença foi proferida pela juíza Isabella Luiza Alonso Bittencourt, que determinou o início imediato do cumprimento da pena em regime fechado.
Henrique foi condenado por homicídio qualificado, com agravantes como motivo torpe e dificuldade de defesa da vítima, além de responder por lesão corporal grave (1 ano e 9 meses de reclusão) e ameaça (1 mês e 15 dias de detenção) em relação ao ataque contra o filho da professora.
Durante o julgamento, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), responsável pela defesa, tentou argumentar pela semi-imputabilidade do réu, tese que não foi acatada pelo tribunal.
Em depoimento à Polícia Civil, Henrique afirmou que manteve por cerca de oito anos um ressentimento contra Cleide, por conta de broncas recebidas durante o período escolar. No dia do crime, disse ter se sentido ofendido após cumprimentar a ex-professora e não ser correspondido, o que teria sido o “estopim” para a ação violenta.
O ex-aluno pulou o muro da casa da vítima com a suposta intenção de “assustá-la”, mas, segundo relatado no boletim de ocorrência, acabou a esfaqueando repetidamente após ser dominado pela raiva.
A Polícia Militar chegou até o suspeito após relatos de sua fuga de bicicleta e pela identificação de seu porte físico. Na residência dele, foram encontradas manchas de sangue recentes que iam do portão até o interior da casa.
Apesar dos esforços do Corpo de Bombeiros, que socorreu Cleide até uma unidade de saúde, ela não resistiu aos ferimentos.
O g1 procurou a Defensoria Pública de Goiás para obter um posicionamento oficial sobre a condenação de Henrique Marcos, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria.
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