Manaus (AM) – O sargento da Polícia Militar Edersson Oséias Cordeiro Lira confessou ter matado o jovem Kennedy Cardoso Miranda, de 22 anos, durante uma festa de Natal em Manaus, mas alegou que agiu em legítima defesa. A informação foi confirmada pelo delegado Gerson Oliveira, responsável pela investigação do caso, durante entrevista coletiva após a prisão do PM.
Segundo o delegado, o PM afirmou que houve um desentendimento com Kennedy e que este teria “insurgido” contra ele. Em resposta, o sargento teria efetuado dois disparos contra o jovem. Apesar disso, Edersson negou estar embriagado no momento do crime, embora tenha admitido que ingeriu uma “determinada quantidade” de bebida alcoólica antes de ir ao local, onde pretendia se encontrar com suas filhas.
Arma não localizada e mais vítimas
O sargento relatou que usou um revólver calibre 38 que não pertence à corporação para cometer o crime. No entanto, o paradeiro da arma ainda é desconhecido. “Ele não soube informar onde está o revólver. Alegou que não é uma arma da corporação”, explicou o delegado.
Além de Kennedy, outras duas pessoas foram feridas durante os disparos efetuados pelo sargento. Entre elas, um homem que já foi ouvido pela polícia e uma mulher que segue hospitalizada. O policial confessou que não sabia quantos disparos havia realizado no total e alegou que foi atacado por outros familiares da vítima após os tiros. “Ele acredita que foi mais um disparo além dos dois que atingiram Kennedy, mas isso será apurado. Alega que as outras pessoas o atacaram depois”, afirmou Gerson Oliveira.
Antecedentes do PM
Durante o depoimento, Edersson confirmou ter conhecimento de uma medida protetiva que o impedia de se aproximar de sua ex-mulher, irmã da namorada de Kennedy. No entanto, ele negou a existência de outros processos judiciais contra ele. O delegado ressaltou que o policial atuava no 23º Distrito Integrado de Polícia (DIP) sem qualquer histórico disciplinar registrado na corporação.
Relembre o caso
Kennedy foi morto na madrugada de 25 de dezembro, durante uma confraternização de Natal na casa da namorada. O PM teria chegado ao local sob efeito de álcool e iniciado uma discussão que culminou no assassinato. Testemunhas relataram que o sargento teria insultado a vítima antes de sacar a arma e efetuar os disparos.
O caso segue sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). O Portal Tucumã continuará acompanhando o desdobramento das investigações.
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