Mundo – Um relatório independente encomendado pelo Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu de forma contundente que Israel comete atos de genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza.
O documento, divulgado nesta terça-feira (16) pela Comissão Internacional Independente de Inquérito, é descrito como a conclusão mais detalhada e confiável da ONU sobre o assunto até o momento.

Com base na Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio de 1948, a comissão afirma ter identificado evidências claras de uma intenção genocida por parte de autoridades civis e militares israelenses, materializada em quatro dos cinco atos definidos como genocidas:
- Mortes dos membros do grupo: Através de ataques a civis, objetos protegidos e imposição de condições que provocam mortes.
- Causar sérios danos físicos ou mentais: Por meio de ataques diretos, maus-tratos a detidos, deslocamentos forçados e destruição ambiental.
- Impor condições de vida calculadas para destruir o grupo: Mediante a destruição de infraestrutura essencial, bloqueio de ajuda humanitária, água, eletricidade e combustível.
- Impor medidas para impedir nascimentos: Incluindo o ataque a clínicas de fertilidade, como o ocorrido em dezembro de 2023 que destruiu milhares de embriões e amostras gaméticas.
A comissão, liderada pela alta comissária da ONU para os Direitos Humanos Navi Pillay, afirma que a intenção genocida é a única inferência razoável a partir da análise de declarações de altas autoridades e do padrão de conduta das forças de segurança israelenses.
“É claro que existe uma intenção de destruir os palestinos em Gaza por meio de atos que atendem aos critérios estabelecidos na Convenção de Genocídio”, disse Navi Pillay.
Líderes israelenses citados e “campanha genocida”

O relatório cita nominalmente e acusa o presidente israelense, Isaac Herzog, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, de incitarem o cometimento de genocídio.
Declarações feitas por eles nos primeiros dias do conflito, como a de Gallant ao se referir a “animais humanos” e a de Herzog ao afirmar que “é uma nação inteira que é responsável”, são apresentadas como parte das evidências.
O Conflito
O conflito teve início após o ataque sem precedentes do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e no sequestro de 251 reféns.
Desde então, mais de 64.900 palestinos morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, administrado pelo Hamas.
A maioria da população foi deslocada à força, e a infraestrutura civil encontra-se em colapso, com fome assolando a região.
Com informações da Agência Brasil*
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