Manaus (AM) – Na manhã desta sexta-feira (13), um supermercado no bairro Alvorada, zona Oeste de Manaus, foi palco de uma confusão generalizada após anunciar uma promoção imperdível de filé de peito de frango por R$ 9,99 o quilo. A notícia atraiu uma multidão de consumidores que formaram uma longa fila no local. No entanto, ao chegarem no supermercado, os clientes foram informados de que cada pessoa poderia adquirir apenas 1kg do produto, o que gerou indignação e tumulto.
A limitação da quantidade não foi previamente informada nos anúncios, o que pegou os consumidores de surpresa. Com as reclamações e o clima de tensão, o supermercado decidiu flexibilizar a regra, permitindo que cada cliente levasse até três quilos pelo preço promocional. Contudo, a decisão não foi suficiente para acalmar os ânimos, especialmente daqueles que viajaram longas distâncias para aproveitar a oferta.
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Gerente do supermercado grita com idosa
Entre os clientes, a dona Clícia foi uma das que mais se manifestaram contra a situação. “Foi um desrespeito não só ao consumidor, mas também com os idosos que estavam aqui. Na postagem do Instagram, eles não especificaram que haveria limite”, relatou.
Clícia ainda destacou a postura da gerência do estabelecimento. “Quando tentamos conversar, a gerente disse que estavam respaldados pela lei porque o supermercado era deles. Uma senhora foi falar com ela e ela gritou com a idosa de 60 anos”, afirmou.
A revolta foi tamanha que muitos consumidores decidiram se organizar para mover uma ação coletiva contra o supermercado. “Mesmo permitindo os três quilos, sentimos que fomos enganados e desrespeitados. Vamos entrar com uma ação para que isso não aconteça com mais ninguém”, declarou Clícia.
Defesa do Consumidor se pronuncia
A Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Assembleia Legislativa do Amazonas já recebeu denúncias sobre o caso. Em nota oficial, a CDC reforçou que as práticas do supermercado podem configurar publicidade enganosa e prática abusiva, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor.
“A ausência de informações claras sobre as condições da promoção frustra a expectativa legítima dos consumidores e pode induzir ao erro. Já estamos apurando o caso e orientamos que os prejudicados formalizem suas reclamações diretamente à CDC para que medidas sejam tomadas”, afirmou o deputado Mário César Filho, presidente da Comissão.
A CDC disponibilizou canais de contato para que os consumidores registrem suas queixas e reforçou seu compromisso com a transparência e a defesa dos direitos dos consumidores.
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