Brasil – Uma infestação de largartas e ervas daninhas resultou na morte de mais de 7.000 bovinos, que morreram de fome por falta de pasto em propriedades rurais localizadas nos municípios de Alto Alegre, Bonfim, Cantá, Caroebe, Iracema e Mucajaí, todos no interior de Roraima. Segundo o governo do estado, a comida do rebanho foi completamente devorada pelos invasores.
O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Iater), órgão do governo responsabilizado por acompanhar a situação junto aos produtores rurais afetados pela infestação, informa que a estimativa é de que mais de 50 mil hectares de pasto em 840 propriedades de Roraima tenham sido devastados de o mês de maio.
Em decorrência do cresncente número de gados que morrem todos os dias por conta das consequências da infestação, Roraima decretou estado de emergência no território, visando oferecer apoio financeiro aos produtores das áreas atingidas.
“Diante desse cenário preocupante, o governo do estado, entidades do eixo agro, especialistas e autoridades locais estão intensificando esforços para monitorar e controlar os impactos adversos sobre a agricultura, pecuária e a economia rural”, diz o governo, em nota.
Segundo o governo, a infestação das pragas está vinculada à combinação de estiagem prolongada e incêndios florestais. O estado passou por um tenso período de seca do mês de outubro do ano passado até abril de 2024, o que resultou em o maior número de focos de calor do país em Roraima, chegando a bater recordes em fevereiro.
As autoridades afirmam que este desequilíbrio ambiental acaba reduzindo a população de inimigos naturais das pragas, facilidanto a proliferação rápida da largarta milita (Spodoptera sp.) e do percevejo-das-gramíneas (Blissus leucopterus), conhecido popularmente como erva daninha.
“Estas pragas têm atacado severamente as pastagens, reduzindo a disponibilidade de forragem e comprometendo a produção animal. Elas devoram o pasto que serve de alimento para os bois”, explica o Iater.
O órgão ressalta que a infestação está gerando grandes prejuízos econômicos, principalmente aos produtores de pequeno porte, que dependem das pastagens para manter a produtividade dos rebanhos.
“A falta de forragem não apenas reduz a produção de carne e leite, mas também impacta negativamente o sustento das famílias rurais que exploram a bovinocultura”.
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