Brasil – O caso do assassinato da adolescente Vitória ganhou novos detalhes após o suspeito, Maicol, alegar que sua confissão foi obtida sob coação, enquanto a polícia sustenta que ele era “obcecado” pela vítima e agiu sozinho. As informações divergentes foram divulgadas em áudios gravados pelos advogados de Maicol e em entrevistas coletivas da Polícia Civil.
A versão de Maicol: Confissão sob ameaças
Em um áudio gravado na quarta-feira (19), minutos antes de ser transferido para o Centro de Detenção Provisória de Guarulhos (SP), Maicol relatou ter sido pressionado a confessar o assassinato de Vitória. Ele afirmou que os policiais o colocaram em um banheiro “muito sujo, podre” após se recusar a cooperar. Segundo ele, o delegado teria ameaçado incriminar sua família caso não confessasse.
“O delegado falou que ia me f… de qualquer jeito. Ele disse que ia colocar minha mãe na cena do crime, minha esposa, que ia prender minha família toda. Aí eu inventei uma história e falei que fui eu”, desabafou Maicol, emocionado. Seus advogados o consolaram e afirmaram que a família estaria sob proteção do Estado.
A versão da polícia: “Stalker”
O delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Demacro, afirmou que Maicol confessou o crime na noite de segunda-feira (17) na presença de um advogado — que não era o de sua defesa. Os advogados de Maicol teriam deixado a unidade antes da confissão, pois recomendavam que ele permanecesse em silêncio.
“Eles podem abandonar a causa, mas não podem forçar a não confissão do acusado”, declarou o delegado Fábio Lopes Cenachi, responsável pela investigação. A polícia classificou Maicol como “stalker” (perseguidor) e afirmou que ele era “obcecado” por Vitória.
Segundo as investigações, a adolescente foi morta dentro do carro de Maicol, um Toyota Corolla, onde foram encontradas manchas de sangue no porta-malas. Uma faca com lâmina de 3 centímetros teria sido usada no crime, mas o objeto não foi localizado. Dados extraídos do celular do suspeito indicaram que ele monitorava Vitória desde o ano passado, e fotos dela foram encontradas em seu aparelho, junto a imagens de outras jovens com características semelhantes.
O caso segue sob investigação, enquanto a defesa de Maicol busca contestar a validade da confissão, alegando violação de direitos durante o interrogatório. A polícia, por sua vez, mantém a tese de que o suspeito agiu sozinho, movido por uma obsessão pela vítima.
Leia mais
Receba notícias do Portal Tucumã no seu WhatsApp e fique bem informado!
CLIQUE AQUI: https://cutt.ly/96sGWrb