BRASIL – Em mais um capítulo da já conhecida rivalidade política nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez questão de prever o futuro político de Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista a rádios de Minas Gerais nesta quarta-feira (05), Lula declarou que, caso a Justiça permita a candidatura do ex-presidente em 2026, o resultado será o mesmo de 2022: derrota.
“Então, primeiro aguardem o julgamento, se defendam, vai ter uma condenação ou não, vocês vão ter o direito de se defender, haverá o direito de defesa que nunca houve para mim, para eles vai haver. E se a Justiça entender que ele pode concorrer as eleições, ele pode concorrer. Se for comigo, vai perder outra vez”, disse o petista, já deixando claro que a confiança na sua popularidade segue inabalável.
Lula também criticou o chamado “PL da anistia”, uma tentativa de livrar de punições os envolvidos nos atos extremistas do 8 de Janeiro. Segundo o presidente, aqueles que pedem perdão antes mesmo de serem condenados demonstram que, no fundo, sabem que são culpados. “O que estamos garantindo é um processo de julgamento altamente democrático em que eles têm todo o direito de defesa. Agora, quando as pessoas nem foram condenadas e estão pedindo anistia, é porque estão se condenando. Eles acham que fizeram exatamente aquilo que a justiça está dizendo que eles fizeram”, afirmou.
Além disso, Lula aproveitou a ocasião para alfinetar Bolsonaro sobre sua saída do país no final de 2022, quando preferiu viajar para Miami a passar a faixa presidencial. “Se ele fosse um homem que não tivesse preparado toda aquela podridão de comportamento, ele teria ficado, teria dado posse como qualquer ser humano civilizado faria. Mas ele não”, disparou.
O petista também declarou que “não há possibilidade de a mentira ganhar uma eleição” no Brasil, uma indireta evidente ao estilo de campanha do ex-presidente e seus aliados.
Resta agora aguardar se a profecia de Lula se concretizará em 2026 ou se Bolsonaro conseguirá surpreender — isso, claro, caso a Justiça permita que ele entre no ringue eleitoral novamente. Até lá, o embate de declarações continua sendo o prato principal da política brasileira.
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