Brasil – Novos detalhes perturbadores emergem no caso do assassinato do secretário-adjunto de Segurança de Osasco, Adilson Custódio Moreira, ocorrido nessa segunda-feira (6) dentro da prefeitura da cidade. De acordo com o depoimento de uma testemunha à Polícia Civil, o guarda civil Henrique Marival de Sousa, autor do crime, afirmou que o “demônio” estava presente na sala onde ele se trancou com Adilson.
A declaração foi feita durante uma tentativa de negociação conduzida por um inspetor de carreira da Guarda Civil Municipal, que chegou ao local antes da entrada do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar. Segundo o relato, o inspetor tentou estabelecer diálogo com Henrique, identificando-se e pedindo para conversar.
“Você me conhece”, respondeu Henrique inicialmente. Quando questionado sobre a situação de Adilson, o guarda declarou de forma enigmática: “Você já sabe, você já sabe. Esse cara é sujo”. Repetindo a frase diversas vezes, Henrique acrescentou: “Aqui dentro, só tem eu, o Moreira e o demônio”.
Após essas declarações, Henrique teria solicitado a presença de seus advogados antes de continuar qualquer conversa. Pouco tempo depois, o Gate assumiu a negociação, que culminou na rendição do guarda.
Guarda estava “inconformado”
Henrique Marival de Sousa integrava a equipe de segurança da então primeira-dama, Aline Lins, esposa do ex-prefeito Rogério Lins (Podemos). Por isso, quando foi anunciado que voltaria aos postos da Guarda Civil Municipal, Henrique ficou “inconformado”, segundo outra testemunha ouvida pela polícia.
O guarda civil chegou a dizer que não achava justa a alteração. No entanto, de acordo com o testemunho, embora “irresignado”, Henrique “não aparentava estar exaltado para além do normal”.
As mudanças em sua profissão teriam motivado toda a tragédia.
O crime
Adilson Custódio Moreira foi morto a tiros dentro de uma sala da prefeitura, após uma reunião com guardas municipais. Henrique Marival de Sousa, que integrou a GCM desde 2015, se trancou no local com a vítima, montando uma barricada antes de ser detido pelas autoridades.
O depoimento divulgado pelo Metrópoles trouxe um novo tom ao caso, levantando questionamentos sobre o estado mental de Henrique no momento do crime. Enquanto a Polícia Civil investiga os motivos e circunstâncias do homicídio, as declarações macabras do guarda lançam uma sombra ainda mais sinistra sobre o ocorrido.
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