BRASIL – O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, afirmou neste sábado que a primeira pauta que um presidente da Casa deve defender é o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante seu discurso, Van Hattem foi o primeiro entre os candidatos ao alto cargo a se manifestar e não poupou críticas ao governo atual, além de provocar seu principal adversário na disputa, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).
“Agradecendo ao povo brasileiro, quero aqui dizer que a primeira pauta que um presidente da Câmara dos Deputados precisa defender, em virtude justamente do posicionamento de dezenas de parlamentares que já assinaram requerimentos dessa ordem, é o impeachment de Luiz Inácio Lula da Silva”, declarou Van Hattem, reforçando seu posicionamento contrário ao governo federal.
O parlamentar gaúcho também direcionou suas críticas ao deputado Hugo Motta, questionando se o adversário teria a disposição de pautar o impeachment de Lula caso eleito. Van Hattem ressaltou que não tem nada contra Motta pessoalmente, mas sim em relação aos seus posicionamentos políticos. “Faço aqui aos candidatos a provocação. Em particular ao deputado Hugo Motta, que tem sim meu respeito, e com quem conversamos inclusive antes de lançarmos esta candidatura. Nada pessoal contra ele temos, mas, sim, em relação aos seus posicionamentos, ou a falta deles”, afirmou.
Van Hattem ainda questionou se a proximidade de Motta com partidos como o PT e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) — que apoiam sua candidatura — o impediria de agir de acordo com o que ele considera ser a vontade do povo brasileiro. “Eu pergunto, portanto, ao respeitável deputado Motta, se ele pautará um processo de impeachment de Lula, ou se o fato de ser uma candidatura apoiada pelo PT, pelo próprio Lula, e pelo Partido Comunista do Brasil, o impedirá de fazer o que é correto de acordo com a vontade do povo brasileiro”, provocou.
A declaração de Van Hattem acendeu o debate sobre o papel do futuro presidente da Câmara e a possibilidade de um eventual processo de impeachment contra Lula. A fala do deputado reflete a polarização política no Congresso e a pressão de setores da oposição para que medidas mais contundentes sejam tomadas contra o governo.
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