Brasil – O motorista de aplicativo Lucas Prado, de 35 anos, morreu na última quinta-feira (3) após 13 dias internado em decorrência de um tiro que levou em uma oficina mecânica no Guará, no Distrito Federal. O crime aconteceu em 21 de março. De acordo com relatos da família, Lucas havia ido ao local apenas para consertar seu carro, avaliado em cerca de R$ 100 mil.
Segundo testemunhas, o motorista de aplicativo saía da oficina quando colidiu com outro veículo. André Luiz Rodrigues de Magalhães, filho do dono da oficina e que estava com ele no carro, teria se irritado com o acidente. A discussão entre os dois evoluiu até que André Luiz, conforme a versão da família da vítima, entrou em uma sala do estabelecimento, voltou armado e atirou contra Lucas.
A defesa do suspeito, no entanto, apresenta outra narrativa: afirma que Lucas teria anunciado um assalto e que André Luiz agiu em legítima defesa. Ele seria Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), o que justificaria a posse da arma.
A versão de tentativa de assalto é veementemente negada pela família da vítima. “Como que meu filho entra na oficina com um carro de R$ 100 mil e querem dizer que foi para assaltar? Isso foi mentira para tentar fazer meu filho de ladrão e sair de coitadinho”, disse Jorge Luiz Prado, pai de Lucas, emocionado.
Jorge também destacou que o filho era trabalhador e sustentava o filho pequeno, de apenas 7 anos. “Meu filho era trabalhador, trabalhava muito até. Agora tenho um neto pequeno que amava o pai e que agora ficou sem”, desabafou.
Uma testemunha afirmou ter presenciado a discussão entre os dois homens, mas negou ter ouvido qualquer menção às palavras “roubo” ou “assalto”.
Após o ocorrido, André Luiz foi levado à 4ª Delegacia de Polícia do Guará, mas acabou liberado após audiência de custódia. A investigação segue em andamento, e o caso está sendo acompanhado pela Polícia Civil do Distrito Federal.
Em nota, a defesa de André Luiz informou que ele está “à disposição da Justiça, colaborando desde o início” e que “confia plenamente no trabalho da Justiça, que esclarecerá que agiu em legítima defesa”.
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