Amazonas

Mudança no transporte coletivo gera caos e revolta em Manaus; VEJA VÍDEO

Manifestantes bloquearam a via com a queima de pneus, interrompendo o trânsito

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Manaus (AM) – A recente reestruturação de 11 linhas de ônibus da Zona Norte de Manaus, implementada pela Prefeitura no último sábado (10), provocou forte reação dos moradores, que tomaram as ruas da Avenida Torquato Tapajós na tarde desta segunda-feira (12) para protestar contra a medida. O estopim foi o deslocamento das rotas para o Terminal de Integração 7 (T7), que passou a ser o ponto exclusivo de conexão aos fins de semana.

Manifestantes bloquearam a via com a queima de pneus, interrompendo o trânsito e forçando a intervenção da Polícia Militar. Durante o protesto, passageiros de algumas das linhas afetadas precisaram descer no meio da avenida, devido à paralisação forçada dos veículos por manifestantes.

A principal crítica gira em torno da dificuldade imposta pela nova logística: agora, os usuários são obrigados a fazer baldeações no T7 para alcançar o Centro ou outras zonas da cidade, aumentando o tempo de deslocamento e os transtornos, especialmente para quem trabalha aos fins de semana.

“É uma falta de respeito com o trabalhador. A gente sai cedo de casa, muitas vezes com crianças ou carga pesada, e ainda tem que descer e pegar outro ônibus, perdendo tempo e paciência”, desabafou uma moradora do bairro Monte das Oliveiras, um dos mais afetados.

As linhas 320, 358 e outras agora finalizam seu percurso no T7. A partir daí, os passageiros devem utilizar conexões como as linhas 340, 341, 342 e 343 para prosseguir viagem. Já a linha 355 substituiu parte da rota da 344, e a 023 deixou de atender diretamente o conjunto Viver Melhor 4 — situação que será “compensada” pela linha 055, segundo o IMMU.

O Instituto Municipal de Mobilidade Urbana justifica a mudança como parte de um plano para “otimizar o sistema de transporte”, mas a população sente o impacto direto na rotina. Muitos apontam que não houve consulta ou aviso prévio suficiente, nem alternativas eficazes que garantam o acesso igualitário.

Enquanto a Prefeitura não se pronuncia sobre uma possível revisão da medida, moradores prometem continuar mobilizados. “Se for preciso, vamos protestar todos os dias até que as linhas voltem como eram antes”, afirmou um manifestante.