Manaus (AM) – Diante do aumento de casos de virose no Brasil e do surto de metapneumovírus humano (HMPV) na China, o Portal Tucumã conversou com o infectologista Nelson Barbosa para esclarecer dúvidas sobre o vírus que vem gerando preocupação global. Apesar do medo de uma possível nova pandemia, o especialista ressaltou que, por enquanto, não há motivo para pânico no Brasil, mas sim atenção por parte das autoridades de saúde.
O que é o vírus chinês?
De acordo com Barbosa, o HMPV é um vírus respiratório identificado pela primeira vez em 2001, na Holanda. Ele atinge tanto o trato respiratório superior quanto o inferior e apresenta sintomas semelhantes aos da gripe comum, como febre, tosse, dor na garganta, congestão nasal e, em casos mais graves, falta de ar. “O quadro pode evoluir para pneumonia em grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades”, explicou.
Questionado sobre as semelhanças com a Covid-19, Barbosa afirmou que o HMPV tem uma alta transmissibilidade, mas sua letalidade é significativamente menor. “O impacto do HMPV não é comparável ao do coronavírus. Ainda assim, é importante estar vigilante, pois vivemos em um mundo globalizado, e o vírus pode chegar ao Brasil a qualquer momento”, destacou o médico.
Riscos e prevenção
O especialista também enfatizou que não há casos confirmados de HMPV no Brasil atualmente, mas reforçou a importância de práticas preventivas, como lavar bem as mãos, usar álcool em gel, evitar aglomerações e cobrir o rosto ao tossir ou espirrar. “As medidas são as mesmas aplicadas durante a pandemia de Covid-19. A prevenção é fundamental para evitar a disseminação do vírus”, orientou.
Barbosa destacou que a responsabilidade de evitar uma possível disseminação do vírus no país recai sobre os gestores de saúde e a vigilância epidemiológica. Ele sugeriu a implementação de barreiras sanitárias em aeroportos, portos e rodoviárias para monitorar passageiros com sintomas gripais e coletar amostras para análise. “Se aprendemos algo com a Covid-19, é a importância de agir rapidamente e com eficiência para conter a entrada de novos vírus no Brasil”, afirmou.
Tratamento para o HMPV
Sobre o tratamento, o infectologista explicou que, assim como a gripe, ele é sintomático. “Não há vacina ou medicamentos específicos para o HMPV. O tratamento envolve aliviar os sintomas, como febre e dor de cabeça, e, em casos graves, o uso de ventilação mecânica”, explicou.
Nelson Barbosa tranquilizou a população, afirmando que ainda não há motivos para alarme, mas que “cabe às autoridades sanitárias fazer uma barreira em aeroportos, rodoviárias, em portos, né, pra justamente tentar identificar essas pessoas que chegarem com algum quadro gripal e coletar amostra pra identificar se o vírus já entrou no nosso país.”
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