‘O Pai tá ON’: Pai Marcos, acusado de crimes monstruosos, é solto após um ano de prisão em Manaus

Marcos Bastos passou pouco mais de um ano preso
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(Foto: Reprodução)

Manaus (AM) – Cid Marcos Bastos Reis, conhecido como “Pai Marcos”, fundador do projeto “Pai Resgatando Vidas”, foi liberado da prisão após um ano, um mês e sete dias detido. A soltura ocorre mais de um ano após a operação “O Pai Tá OFF”, que o prendeu por suspeita de desvio de milhões em doações e crimes sexuais contra pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo crianças.

Marcos ganhou fama nacional ao compartilhar resgates emocionantes de moradores de rua, como o caso do menino Cris, que viralizou nas redes. Seu projeto, que distribuía comida, roupas e prometia reintegração social, arrecadou mais de R$ 20 milhões em doações. No entanto, em 2023, a Polícia Civil do Amazonas revelou que o dinheiro foi desviado para compra de carros de luxo, imóveis e manutenção de um esquema criminoso.

Durante as investigações, depoimentos revelaram que Marcos e seus aliados — incluindo o filho Wilson Bastos e o guarda-costas João “Budeu” Vale — cometiam crimes de abusos sexuais contra mulheres em troca de comida, kits de higiene ou abrigo. Testemunhas afirmaram que ele também dormia com crianças em um quarto dentro do abrigo. Em vídeos apreendidos, “Budeu” aparecia abusando de uma menor de idade enquanto era filmado.

O delegado Marcelo Martins, à época, classificou os crimes como “a situação mais degradante” já vista em suas investigações.

A liberação de Marcos, que ainda responde a processos por crimes de lavagem de dinheiro, estelionato, exploração sexual e organização criminosa, gerou indignação. A defesa alega que a prisão preventiva cumpriu seu prazo máximo, mas o Ministério Público ainda pode recorrer.

Enquanto isso, vítimas e apoiadores do projeto original cobram justiça. “Ele destruiu vidas e enganou quem acreditou em seu discurso”, disse uma ex-colaboradora da ONG.

Os crimes imputados a Marcos podem render penas de até 30 anos de prisão. A lentidão do processo, porém, permitiu sua soltura, um desfecho que reacende o debate sobre impunidade em casos de violência contra vulneráveis.

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