Brasil – Nos últimos dias, o pastor Felipe Freire, da Igreja Contemporânea, voltou a ser alvo de ataques homofóbicos nas redes sociais após um vídeo seu alcançar mais de 270 mil visualizações. Freire, que se identifica como gay e andrógino, é pastor há 12 anos e vem enfrentando uma onda crescente de intolerância online nos últimos nove meses.
No vídeo que viralizou esta semana, Felipe aparece usando um terno azul, salto alto e cabelos longos enquanto prega e agradece o acolhimento da Igreja. A postagem rapidamente atraiu milhares de comentários, muitos deles carregados de preconceito e ódio. “O inferno em festa vendo isso”, escreveu um usuário. Outro afirmou: “No dia do juízo Jesus Cristo vai dizer ‘aparta-te de mim que não vos conheço’.”
Diante da repercussão negativa, a Igreja Contemporânea declarou que pretende acionar judicialmente os responsáveis pelas mensagens ofensivas. A instituição é conhecida por seu compromisso com a inclusão e acolhimento da comunidade LGBT no meio cristão.
Felipe, no entanto, já está acostumado a esse tipo de reação. Segundo ele, os ataques começaram após um outro vídeo seu viralizar, onde aparece cantando um louvor. “Todos os dias eu sofro algum tipo de ofensa. Já fui ameaçado de morte, dizem que se me encontrarem na rua vão me agredir. Me chamam de tudo quanto é nome”, revelou em entrevista ao Metrópoles.
Apesar das ameaças, Felipe mantém firme sua missão de propagar o amor e a fé. “Acredito muito que o amor de Deus é para todos. Eu não sou um projeto falido. Deus não me fez assim para ser condenado”, afirmou. O pastor também fez um desabafo emocionante ao relembrar a perda de sua irmã para o suicídio há um ano. “Todos os dias eu peço a Deus força para continuar. Se não fosse minha rede de apoio, não sei se teria psicológico para tudo isso.”
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No último domingo (19), o pastor Wagner Alves, da Igreja Universal do Reino de Deus no Rio Grande do Norte, ganhou destaque nas redes sociais ao fazer uma interpretação controversa do livro do Apocalipse, da Bíblia. Durante uma pregação, o religioso declarou que o nível de escolaridade das pessoas será o fator determinante para a aplicação da chamada “marca da besta”.
Segundo Wagner Alves, quem possui ensino fundamental ou médio receberá a marca na mão direita. “A marca dele, que vai ser implantada na mão direita das pessoas que não têm grau universitário, que não têm ensino superior, somente o ensino médio e fundamental”, afirmou o pastor. Ele acrescentou que aqueles com ensino superior, diploma universitário ou maior grau de instrução serão marcados na testa. “Os que têm ensino médio e fundamental [serão marcados] na mão direita. E dos que têm ensino superior, universidade, diploma, … pode receber a marca na testa. Pode não! É obrigado a recebê-la na testa”, concluiu.
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