Brasil – Marcelo Barbosa do Amaral, de 25 anos, o homem jogado de uma ponte pelo policial militar Luan Felipe Alves Pereira, prestou depoimento nesta sexta-feira (6) e revelou detalhes chocantes sobre a abordagem violenta que sofreu. O caso, que ocorreu na madrugada da última segunda-feira (2) na zona Sul de São Paulo, gerou grande repercussão e intensificou o debate sobre violência policial no país.
Segundo o relato de Marcelo à Polícia Civil, o PM lhe deu duas opções enquanto o conduzia pelo “colarinho” até a borda da ponte: “Ou você pula da ponte, ou eu jogo você e a motocicleta”. Ainda assustado, Marcelo conta que a agressão começou quando ele tentou frear a moto ao avistar uma blitz policial. Ele relata que os agentes correram em sua direção, fazendo com que se assustasse e caísse do veículo. Em seguida, tentou fugir a pé, mas foi alcançado e espancado com golpes de cassetete na cabeça e nas costas.
“Ele me segurou pelas pernas e me jogou”, descreveu Marcelo, acrescentando que caiu no córrego de joelhos. Moradores de rua que estavam embaixo da ponte ofereceram ajuda, indicando um caminho para ele escapar.
Marcelo afirma não entender o motivo das agressões. Segundo ele, não desacatou os policiais nem havia cometido qualquer crime antes da abordagem.
Policial foi preso
O policial militar Luan Felipe, de 29 anos, foi preso na manhã de quinta-feira (5) e está detido no Presídio Militar Romão Gomes, na zona Norte de São Paulo. Ele foi formalmente acusado e responderá por tentativa de homicídio e abuso de autoridade.
A Secretaria de Segurança Pública reafirmou que repudia qualquer conduta ilegal praticada por seus agentes e informou que o caso segue em investigação por meio de um inquérito policial militar.
O episódio reacende o debate sobre a necessidade de reformas nas práticas das forças de segurança, destacando a urgência de mecanismos que impeçam abusos e garantam os direitos dos cidadãos.
Marcelo, que ainda se recupera dos ferimentos, diz estar aliviado por estar vivo, mas espera por justiça. “Eu não fiz nada para passar por isso. Só quero que ninguém mais tenha que sofrer o que eu sofri”, declarou. O Portal Tucumã seguirá acompanhando o caso.
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