Mundo – O Ministro das Relações Exteriores de Portugal, Paulo Rangel, anunciou oficialmente neste domingo (21) que o país passou a reconhecer o Estado da Palestina.
A decisão coloca Portugal ao lado de outras nações influentes, como Reino Unido, Canadá e Austrália, que anunciaram medidas semelhantes no mesmo dia, em um movimento coordenado que intensifica a pressão internacional por uma solução pacífica para o conflito.
O anúncio foi feito na sede da missão permanente de Portugal, em Nova York, um dia antes do início de alto nível da 80ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde a questão palestina deve ser um dos temas centrais.

“Portugal defende a solução de dois Estados como o único caminho para uma paz justa e duradoura, que promova a convivência e as relações pacíficas entre Israel e Palestina”, declarou Rangel
O chanceler foi claro ao afirmar que a medida não é contra Israel, mas a favor da paz e do direito do povo palestino à autodeterminação.
Ele reafirmou o direito do Estado de Israel à existência e às suas efetivas necessidades de segurança, condenou os atrozes ataques terroristas de 7 de outubro e exigiu a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas.
Rangel também salientou que o grupo não pode ter qualquer forma de controle em Gaza ou fora dela.
Ainda assim, alertou que o reconhecimento não apaga a catástrofe humanitária em Gaza, condenando a situação de fome, a destruição e a expansão de assentamentos israelenses na Cisjordânia.
Reconhecimentos
A decisão de Portugal segue anúncios quase simultâneos de três dos seus principais aliados. Reino Unido, Canadá e Austrália, todos membros da Commonwealth, divulgaram comunicados defendendo a solução de dois Estados.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou em uma mensagem na rede social X que o reconhecimento formal é para reviver a esperança de paz.
Ele já havia condicionado a medida a avanços diplomáticos, mas decidiu proceder diante do agravamento da crise humanitária e da estagnação nas negociações.

Mark Carney, primeiro-ministro do Canadá, declarou que o país reconhece o Estado da Palestina e oferece sua colaboração para construir a promessa de um futuro pacífico.
Do outro lado do mundo, o premiê australiano, Anthony Albanese, disse que a medida reconhece as aspirações legítimas e antigas do povo palestino de ter um Estado próprio.
Com essas decisões, Reino Unido e Canadá tornaram-se os primeiros países do grupo das sete maiores economias avançadas do mundo (G7), a reconhecer oficialmente a Palestina.
Países Membros
A lista de países que reconhecem a Palestina já ultrapassa 140 dos 193 Estados-Membros da ONU, incluindo nações como Brasil, Espanha, Noruega e Eslovênia, que tomaram a decisão mais recentemente.
O presidente francês, Emmanuel Macron, também anunciou no mês passado a intenção da França de fazer o mesmo.
Espera-se que aproximadamente 10 países formalizem seu reconhecimento durante a Assembleia Geral da ONU, que tem seu Debate Geral iniciado nesta segunda-feira (23), com discursos de chefes de Estado e de governo.
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