MANAUS – A gestão de David Almeida (Avante) começou o novo mandato abrindo as portas da administração municipal para ex-vereadores que não conseguiram se reeleger. Ao que parece, ser rejeitado nas urnas deixou de ser um problema em Manaus. Sob o comando do prefeito, o que poderia representar uma oportunidade de renovação política virou um verdadeiro “plano B” para antigos aliados, que agora ocupam cargos estratégicos – e com salários generosos – na Prefeitura.
Entre os agraciados com cargos, está Fransuá Matos, que chefiará a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudança do Clima (Semmasclima). Fransuá, ex-líder do prefeito na CMM, viu na nomeação uma oportunidade de manter-se ativo politicamente, apesar do recado claro dado pelos eleitores.
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Outro contemplado é Alonso Oliveira, que foi designado para a Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi). Wallace Oliveira, que também não conseguiu renovar seu mandato, assumirá a Ouvidoria do Município, uma função estratégica, mas que levanta questionamentos sobre a real necessidade de um ex-vereador para tal cargo.
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A lista segue com o ex-vereador cassado Antônio Peixoto, agora vice-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb). Nem mesmo a cassação foi impedimento para que ele retornasse ao cenário político, agora na administração de David Almeida. Já o ex-vereador Sassá foi nomeado como secretário extraordinário, cargo cujo ato oficial de nomeação ainda não foi publicado.
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Na Câmara Municipal, a situação não é diferente. Reizo Castelo Branco, também rejeitado nas urnas, conseguiu voltar ao Parlamento Municipal por meio de um atalho. Ele foi nomeado Diretor de Projetos Especiais (DCA-7) pelo novo presidente da CMM, David Reis (Avante). O cargo vem acompanhado de um salário bruto que pode chegar a R$ 22,9 mil, incluindo adicionais e ganhos eventuais – um valor expressivo para alguém que os eleitores claramente optaram por não reconduzir.
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Essas movimentações reforçam a estratégia de acomodar aliados políticos em cargos estratégicos, mesmo que a população tenha demonstrado, nas urnas, o desejo por renovação. A Prefeitura de Manaus e a Câmara Municipal, em vez de repensarem sua composição em alinhamento com o voto popular, optaram por reabilitar figuras rejeitadas eleitoralmente. Até o momento, nenhuma justificativa oficial foi apresentada para essas nomeações, que seguem repercutindo negativamente nos bastidores da política local.
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