Relatório da PF separa citados no ‘inquérito do golpe’ em seis núcleos de atuação

O documento detalha a atuação de seis núcleos organizados com objetivos específicos
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(Foto: Divulgação)

Brasil – Nesta terça-feira (26), o relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 teve o sigilo retirado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento detalha a atuação de seis núcleos organizados com objetivos específicos para impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse o cargo após vencer as eleições de 2022.

O inquérito, enviado ao STF na última quinta-feira (21), acusa 37 pessoas, incluindo figuras de alto escalão do governo Bolsonaro, militares e influenciadores. Apesar disso, nomes como o do ex-presidente Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin) e Waldemar Costa Neto (presidente do PL) não constam entre os participantes desses núcleos.

Os núcleos e suas atuações segundo a PF

  1. Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral
    Este grupo produziu e disseminou fake news para desacreditar as eleições, fomentando manifestações em frente a quartéis.
    Participantes: Mauro Cid, Anderson Torres, e Fernando Cerimedo, entre outros.
  2. Incitação de Militares ao Golpe
    Direcionado a pressionar militares que resistiam ao movimento.
    Participantes: Walter Braga Netto, Paulo Figueiredo Filho, e Ailton Barros.
  3. Núcleo Jurídico
    Responsável pela criação de minutas de decretos para viabilizar o golpe.
    Participantes: Filipe Martins e Anderson Torres.
  4. Operacional e Logístico
    Planejava ações práticas, como mobilização em quartéis e logística para manifestantes.
    Participantes: Bernardo Neto e Rafael Martins de Oliveira.
  5. Inteligência Paralela
    Monitorava autoridades como o ministro Alexandre de Moraes para captura e detenção em caso de sucesso do golpe.
    Participantes: Augusto Heleno e Marcelo Costa Camara.
  6. Oficiais de Alta Patente
    Militares de alta patente que ofereceram apoio estratégico e político.
    Participantes: Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Contexto e implicações

A PF revelou que as articulações golpistas começaram após os resultados das eleições e se intensificaram até o início de 2023. A estratégia envolvia desde deslegitimar as urnas eletrônicas até ataques diretos ao sistema democrático. A delação premiada do coronel Mauro Cid segue sob sigilo, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisará o caso.

Leia mais

MP do TCU pede suspensão do salário de militares indiciados pela PF

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu nesta sexta-feira (22) ao tribunal a suspensão do pagamento dos salários de 25 militares ativos e da reserva do Exército que foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por golpe de Estado.

Entre os militares citados, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (capitão reformado), cujo salário bruto é de R$ 12,3 mil, o general da reserva Augusto Heleno, que recebe R$ 36,5 mil brutos, além do tenente-coronel Mauro Cid (R$ 27 mil) e do general da reserva Braga Netto (R$ 35,2 mil).

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