Manaus (AM) – O ano de 2024 foi marcado por crimes brutais que abalaram o estado do Amazonas e deixaram uma cicatriz profunda na sociedade. O Portal Tucumã reúne nesta retrospectiva os cinco casos mais impactantes do ano, cujas histórias revelaram a dura realidade enfrentada por muitas famílias.
Caso Djidja: Uma tragédia em família
No dia 17 de dezembro, seis pessoas foram condenadas a 10 anos e 11 meses de prisão por tráfico de drogas e associação para o tráfico, em Manaus. O caso ganhou notoriedade por envolver membros da família de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, que morreu aos 32 anos em circunstâncias ligadas ao consumo de ketamina, uma droga sintética derivada de medicamentos veterinários.
Entre os condenados estão Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, além de outras figuras próximas, como o ex-noivo Bruno Roberto e o coach Hatus Silveira. O caso revelou detalhes sombrios sobre o uso de substâncias em rituais da seita “Pai, Mãe, Vida” e abusos relatados por uma ex-namorada de Ademar. A defesa dos condenados já anunciou que irá recorrer da decisão.
Os Carimbadores: Um alerta para os pais
Em maio, a Operação “Carimbadores” revelou uma dupla criminosa que praticava abusos sexuais contra crianças e adolescentes com o intuito de transmitir HIV intencionalmente. O casal foi preso após um técnico de celulares denunciar mensagens perturbadoras encontradas no aparelho de um dos suspeitos.
Os criminosos, que compartilhavam pornografia infantil e trocavam mensagens detalhando seus crimes, chegaram a mencionar alvos específicos, como um sobrinho de apenas seis anos. A investigação, liderada pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), revelou uma rede de horrores que chacoalhou a sociedade manauara.
Caso Babá: Os últimos momentos de Geovana Martins
A jovem Geovana Costa Martins, de 20 anos, foi encontrada morta em uma área de mata no bairro Tarumã, em agosto. A história revelou uma relação de abuso e manipulação por parte de sua patroa, Camila Barroso, conhecida como a “Patroa do Mal”.
Camila atraiu Geovana com a promessa de trabalho como babá, mas a obrigou a participar de um esquema de prostituição e tentou alistá-la como “mula” para o tráfico de drogas internacional. A jovem foi brutalmente espancada após resistir ao esquema, culminando em sua morte. Camila foi presa, mas um segundo suspeito, Eduardo Gomes, continua foragido. O caso levantou questões sobre a vulnerabilidade de jovens atraídas por promessas de uma vida melhor.
Mistério do Zé Roberto: Tortura registrada em vídeo
Em novembro, José Roberto, conhecido como “Zé Roberto”, foi encontrado morto com sinais de tortura extrema no ramal Chico Mendes, zona Leste de Manaus. Criminosos enviaram vídeos à família da vítima, mostrando momentos em que ele teve os dedos decepados e o rosto cortado.
Os torturadores exigiram R$ 50 mil de resgate, valor que a família não conseguiu pagar. O caso, investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), expõe a crescente brutalidade de crimes motivados por extorsão. Até o momento, o paradeiro de uma segunda vítima sequestrada junto com Zé Roberto é desconhecido.
Caso Biomédico: O assassinato de Arthur Fagner
O desaparecimento do biomédico Arthur Fagner da Silva em agosto terminou de forma trágica. Seu corpo foi encontrado com sinais de perfurações no tórax, causadas por golpes fatais. O principal suspeito, Vinicius Heiringer dos Santos, foi preso dias depois.
Arthur foi visto pela última vez saindo de uma festa na Zona Oeste de Manaus. O laudo do IML apontou que ele morreu de anemia aguda hemorrágica. O caso chamou atenção pela frieza do crime e pelos detalhes que emergiram durante o processo judicial, cuja audiência de instrução teve início em novembro.
Reflexões de um ano de horror
Os casos destacados nesta retrospectiva expõem não apenas a brutalidade da violência, mas também a urgência de medidas mais eficazes de prevenção e justiça. Eles são lembretes dolorosos da necessidade de reforçar a segurança e proteger os mais vulneráveis.
O Portal Tucumã segue comprometido em trazer informações e cobrar respostas para os crimes que impactam nossa sociedade. Que 2025 traga mais esperança e menos histórias como estas.
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