Manaus (AM) – A mulher trans que se envolveu em uma confusão generalizada em uma academia de Manaus foi identificada como Maria do Rio Negro Kaxinawa, atriz premiada e ativista dos direitos das mulheres trans e dos povos indígenas. O caso, que terminou com a intervenção da Polícia Militar, reacendeu debates sobre transfobia e direitos LGBTQIA+ no Amazonas, mas também trouxe à tona polêmicas envolvendo a artista.
A mulher trans ganhou destaque no cenário artístico em 2020, ao atuar no curta-metragem “Manaus Hot City”, dirigido por Rafael Ramos. O filme foi aclamado em festivais nacionais e internacionais, conquistando prêmios como o Coelho de Ouro no Mix Brasil e melhor curta de ficção no Mammoth Lakes Film Festival, nos EUA. Além disso, recebeu menção honrosa no Festival de Huesca, na Espanha, e foi premiado no Festival de Gramado.
No entanto, a carreira de sucesso da mulher trans contrasta com uma série de polêmicas. Em março deste ano, Maria acusou a coordenação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) de transfobia, alegando discriminação institucional. Na ocasião, membros da universidade rebateram as acusações e, em resposta, a acusaram de agredir professoras idosas durante um evento acadêmico.
O que diz a lei sobre a mulher trans no banheiro feminino?
A legislação brasileira, desde 2019, equipara a transfobia ao crime de racismo, garantindo a mulheres trans o direito de usar banheiros conforme sua identidade de gênero. No entanto, a aplicação prática dessa regra ainda enfrenta resistência, especialmente em locais privados, como academias.
O Portal Tucumã tentou contato com Maria e com a rede de academias Live, mas até o momento não obteve resposta de nenhum dos lados.
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