Brasil – O corpo da biomédica Miquéias Nunes de Oliveira, de 33 anos, foi velado na tarde desta terça-feira (11) em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Conhecida como Kéia Oliveira, a profissional foi brutalmente assassinada a facadas pelo ex-marido, Renê Teixeira, de 42 anos, na última segunda-feira (10), dentro da clínica de estética onde trabalhava. O autor do crime confessou o homicídio e foi preso em flagrante.
Homenagens e revolta
Familiares e amigos se reuniram para prestar as últimas homenagens a Kéia, relembrando sua dedicação profissional e seu jeito doce. “Conheci ela com as qualidades lindas de uma mulher: meiga, doce, trabalhadora… Estava com 33 anos, no melhor momento da sua vida”, afirmou Fabíola Catalan, amiga da vítima. Ela também destacou a indignação com o crime ocorrido próximo ao Dia Internacional da Mulher. “A dor nossa que fica é essa inconformidade. Pertinho do 8 de Março, tiraram sua vida. Essa é uma coisa que a gente não pode esquecer.”
O crime
O feminicídio ocorreu durante o expediente da vítima na clínica de estética onde trabalhava. Segundo a investigação, Renê Teixeira foi até o local com a intenção de levar a ex-esposa para casa e assassiná-la com um revólver. No entanto, diante da recusa de Kéia, ele invadiu a sala onde ela atendia uma paciente, sacou um canivete e cometeu o ataque fatal.
Uma das pacientes que estava na clínica correu até a delegacia da Polícia Civil para pedir socorro. Quando os policiais chegaram, encontraram Renê ensanguentado ao lado do corpo da ex-esposa. O homem tentou se matar após o crime, mas sobreviveu e recebeu atendimento médico sob custódia.
Histórico de violência e investigação
De acordo com as investigações, o casal estava em processo de separação há cinco meses, e Renê tentava reatar o relacionamento. Eles ainda moravam na mesma casa, mas Kéia já estava decidida a seguir em frente.
Durante as buscas no apartamento, a Polícia Militar encontrou uma pistola calibre 9 mm com numeração raspada e 35 munições. Renê Teixeira possui antecedentes por posse ilegal de arma de fogo.
A Polícia Civil autuou o agressor por feminicídio e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele segue preso à disposição da Justiça, enquanto o caso continua sob investigação.
O assassinato de Kéia Oliveira reforça a urgência do combate à violência contra a mulher, que segue sendo uma triste realidade no Brasil.
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