Brasil – Na última sexta-feira (10), a Justiça de Alagoas deu um passo decisivo em um dos casos criminais mais chocantes dos últimos anos. Albino Santos de Lima, conhecido como o “serial killer de Maceió”, foi condenado a 37 anos, um mês e 15 dias de prisão pelo assassinato brutal do jovem barbeiro Emerson Wagner da Silva, de apenas 17 anos, e pela tentativa de homicídio contra outro rapaz que sobreviveu ao ataque.
Esse foi o primeiro julgamento entre os 18 homicídios confessados por Albino. A condenação representa não apenas uma resposta judicial, mas um símbolo de justiça para a comunidade da Ponta Grossa, onde Emerson era muito mais do que uma vítima de estatística: ele era um talento local, um jovem empreendedor e querido por todos.
Emerson era dono da barbearia “Emerson Du Corte”, que funcionava na própria casa onde morava. Começou cortando cabelos dos vizinhos na calçada, e logo se tornou referência entre os jovens do bairro. Seu sonho de crescer com honestidade e dedicação foi interrompido de forma brutal e sem sentido.
De acordo com o Ministério Público de Alagoas (MP-AL), Albino assassinou Emerson por motivo fútil — o jovem teria questionado o acusado sobre uma tentativa de invasão à casa da namorada. O crime foi classificado como duplamente qualificado: por motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima.
“A brutalidade com que Emerson foi morto revela não só a frieza do réu, mas o padrão de violência com que ele escolhia suas vítimas: jovens, vulneráveis, com um perfil semelhante. Ele não gostava de ser confrontado, e reagia com assassinatos”, destacou o promotor Thiago Riff.
Durante o julgamento, três testemunhas foram ouvidas: o sobrevivente, que presenciou a execução do amigo e quase perdeu a própria vida, e dois familiares da ex-mulher de Albino, que descreveram um histórico de comportamento agressivo e descontrolado do acusado.
A sentença foi considerada exemplar e deve nortear os próximos julgamentos de Albino, que, segundo as investigações, pode estar ligado a uma série de mortes cometidas com requintes de crueldade em Maceió. “Essa condenação envia uma mensagem clara: a impunidade não terá vez. O Emerson não será esquecido”, concluiu o promotor.
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