Brasil – Valdir de Oliveira Franco Filho, 19 anos, acusa superiores do Exército de tê-lo agredido dentro de um quartel em Barueri (SP), no dia 10 de março. Segundo ele, após ser espancado com chutes no peito enquanto fazia flexões como punição por ter perdido uma fivela do fardamento, passou a vomitar sangue e perdeu os movimentos das pernas.
A ressonância magnética feita no dia 14 de abril apontou sacralização da vértebra L5 — uma fusão óssea que pode ser provocada por trauma. O jovem afirma que segue sem andar e sem receber o tratamento prometido pelos médicos militares.
Valdir ficou internado por 18 dias no Hospital Militar de São Paulo. Recebeu alta mesmo com paralisia nas pernas. Segundo ele, o motivo alegado foi o risco de contrair bactéria no hospital.
O soldado relata que foi levado ao hospital de Barueri dias após as agressões, mas o Exército não avisou seus familiares. Diz ainda que mesmo com recomendação de repouso, foi forçado a continuar atividades físicas. Depois disso, começou a apresentar sintomas mais graves.
O caso foi registrado como maus-tratos no 1º Distrito Policial de Barueri. A defesa do jovem fala em tortura e agressões que deixaram sequelas permanentes.
O Exército afirma que o soldado recebeu atendimento médico desde os primeiros sintomas e que uma sindicância foi aberta. Diz que, até agora, não há indícios de crime dentro da unidade.
Valdir, que sonhava em ser mecânico do Exército, agora espera por tratamento. “Destruíram meu sonho”, disse.
Leia mais:
Receba notícias do Portal Tucumã no seu WhatsApp e fique bem informado!
CLIQUE AQUI: https://cutt.ly/96sGWrb