Doha (Catar) – Nesta terça-feira (9), Israel realizou um ataque aéreo contra a liderança do grupo palestino Hamas em Doha, capital do Catar, marcando a primeira vez que o Estado judeu conduz uma operação militar em território como esse.
A informação foi confirmada pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O ataque, descrito pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) como “preciso”, teve como alvo membros da alta cúpula do Hamas, que há anos utiliza a cidade como quartel-general fora de Gaza.

O comunicado das FDI, divulgado na rede social X, afirmou que os líderes atingidos são diretamente responsáveis pelo brutal massacre de 7 de outubro e por orquestrar a guerra contra Israel.
O gabinete de Netanyahu emendou, classificando a ação como uma operação israelense totalmente independente, da qual o país assume total responsabilidade.
Fontes indicam que um dos alvos principais seria o negociador-chefe do Hamas, Khalil Al-Hayya, que havia se reunido com o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, apenas um dia antes.

A TV estatal saudita Al Arabiya chegou a reportar a morte de pelo menos quatro líderes, incluindo Al-Hayya, Zaher Jabarin, Khaled Mashaal e Nizar Awdallah.
No entanto, a Al Jazeera, citando uma fonte sênior do Hamas, negou as mortes e afirmou que todos os integrantes sobreviveram. Imagens da capital mostraram fumaça saindo de uma zona residencial atingida.
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Reação do Catar e Condenações Regionais
O governo do Catar reagiu com veemência, classificando o ataque como “covarde” e uma “flagrante violação de todas as leis e normas internacionais”.
Em comunicado, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Majed Al-Ansari, afirmou que a ação israelense constitui uma grave ameaça à segurança dos catarianos e residentes e que o país não tolerará este comportamento irresponsável.
Doha anunciou a abertura de uma investigação de alto nível sobre o ocorrido.

A operação ameaça minar a frágil relação entre os dois países e os esforços diplomáticos na região. O Catar tem sido um mediador crucial nas negociações indiretas entre Israel e Hamas, incluindo os acordos que permitiram a libertação de reféns após o 7 de outubro.
A ação israelense foi condenada de forma unânime por nações árabes. A Arábia Saudita, com quem Israel busca normalizar relações, chamou o ataque de “violação flagrante de soberania”.
Os Emirados Árabes Unidos emitiram declaração semelhante, enfatizando que a segurança dos Estados do Golfo é indivisível.
Reações em Israel

Internamente, o ataque recebeu amplo apoio across the political spectrum. Ministros de extrema-direita, como Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir, celebraram a decisão, com Ben Gvir declarando: “Perseguirei meus inimigos e os perseguirei, e não recuarei até que sejam completamente destruídos”.
O líder da oposição, Yair Lapid, também parabenizou as forças de segurança pela ”operação excepcional”.
O comunicado conjunto de Netanyahu e do ministro da Defesa, Israel Katz, vinculou o ataque em Doha a um tiroteio ocorrido em Jerusalém Oriental na véspera, que matou seis israelenses e foi reivindicado por um braço armado do Hamas.
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