Vereadora afirma que plano de saúde da Câmara “vai desafogar o SUS”

Câmara de Manaus debate impacto da inclusão de ex-parlamentares no plano de saúde da câmara municipal
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Foto: Reprodução

BRASIL – A aprovação da lei que permite a inclusão de ex-parlamentares e seus familiares no plano de saúde da GEAP segue dividindo opiniões na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Enquanto parte dos vereadores defende que a medida ajudará a reduzir a sobrecarga no Sistema Único de Saúde (SUS), críticos apontam a falta de estudos ou dados que sustentem essa tese.

A vereadora Prof. Jacqueline (UB) foi uma das primeiras a argumentar a favor da proposta, afirmando que o plano poderia beneficiar tanto os ex-parlamentares quanto os usuários do SUS. Durante a sessão, declarou:

“Estamos ajudando o sistema. A fila do SISREG tem espera para mil anos. É uma forma de desafogar o SUS e permitir que outras pessoas tenham acesso aos hospitais públicos”, afirmou Jacqueline, que evitou falar com a imprensa após sua fala no plenário.

O vereador Elan Alencar (DC), que preside a Comissão de Saúde da CMM, também defendeu a medida. Ele admitiu que, se estivesse presente na votação, teria apoiado a iniciativa. Para ele, o benefício é uma “conquista” para os ex-parlamentares e um alívio potencial para o SUS.

“Se eu tiro 2 ou 3 pessoas de um hospital como o 28 de Agosto, sobra mais espaço para quem precisa. Não estamos dizendo que o SUS é ruim, mas se é possível evoluir e dar acesso a um plano, por que não? É uma forma de suavizar o sistema público, que já não funciona tão bem”, declarou Alencar, embora também não tenha apresentado estudos que comprovem suas afirmações.

Já o vereador Sassá da Construção Civil (PT) partiu para o ataque, classificando as críticas à lei como “pretextos” para desqualificar os parlamentares.

“Imoral seria se a Câmara pagasse o plano. Quem paga somos nós, e o vereador aceita se quiser. Tem gente aqui que só quer causar, mas o fim desses críticos será triste, sem nenhum amigo nesta Casa”, afirmou Sassá.

Apesar das intensas discussões, a principal controvérsia gira em torno da ausência de comprovações científicas ou análises de impacto que demonstrem qualquer benefício prático da medida para o sistema de saúde público. Enquanto defensores apostam na retórica de alívio ao SUS, críticos continuam a questionar a moralidade e relevância da proposta.

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