Brasil – Na manhã desta quinta-feira (3), a vereadora Tatiana Teixeira Medeiros, de 36 anos, foi presa e afastada do cargo na Câmara Municipal de Teresina. Segundo a Polícia Federal, Tatiana é suspeita de envolvimento com uma facção criminosa que teria financiado sua campanha eleitoral de 2024, além de desviar recursos públicos de uma organização não governamental (ONG).
Tatiana é natural de Teresina, formada em direito e atua como advogada e filantropa. Fundadora da ONG “Vamos Juntos”, a instituição se apresenta como um projeto voltado ao desenvolvimento de famílias em situação de vulnerabilidade. Contudo, de acordo com as investigações, a ONG teria sido utilizada para desviar recursos públicos.
Sem histórico político antes das eleições de 2024, Tatiana concorreu pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e foi eleita com 2.925 votos. Em decorrência da investigação, a Justiça Eleitoral do Piauí determinou a suspensão das atividades da ONG “Vamos Juntos” e proibiu que a organização receba novos recursos.
O PSB municipal também tomou medidas em relação ao caso. No dia 30 de março, o presidente do partido em Teresina, Washington Bonfim, afastou Tatiana da função de secretária-geral, alegando que aguardava os desdobramentos da operação da Polícia Federal. Em nota, a direção municipal do PSB informou que só irá se manifestar após ter acesso ao inquérito e iniciar os procedimentos legais necessários.
A investigação contra Tatiana Teixeira Medeiros teve início antes mesmo de sua posse como vereadora. Em dezembro de 2024, a sede de sua ONG, localizada na Zona Norte de Teresina, foi alvo da primeira fase da Operação Escudo Eleitoral. Durante a ação, a Polícia Federal apreendeu R$ 100 mil em espécie em diferentes locais relacionados à instituição.
Segundo a Polícia Federal, a investigação revelou elementos que indicam vínculos entre Tatiana e um membro de uma facção criminosa violenta atuante no estado do Piauí. Além disso, em novembro de 2024, o companheiro da vereadora, Alandilson Cardoso, de 33 anos, foi preso sob acusação de tráfico de drogas, roubo qualificado e posse irregular de arma de fogo. Na ocasião, Tatiana estava presente no momento da prisão e emitiu uma nota negando qualquer investigação contra ela, classificando as acusações como “infundadas”.
A polícia segue com as investigações para apurar a extensão da participação da vereadora no esquema e se outras pessoas estão envolvidas no desvio de recursos públicos e no financiamento eleitoral por facções criminosas.
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