Brasil – O desaparecimento de quatro homens que viajaram de São Paulo ao Paraná para cobrar uma dívida terminou em tragédia. Após 44 dias de buscas, os corpos de Alencar Gonçalves de Souza Giron, Diego Henrique Affonso, Rafael Juliano Marascalchi e Robishley Hirnani de Oliveira foram encontrados na última quinta-feira (18), enterrados em uma vala na zona rural de Icaraíma (PR).
Segundo a Polícia Civil do Paraná, as vítimas caíram em uma emboscada e apresentavam marcas de tiros. Os corpos estavam a apenas 650 metros do local onde, dias antes, havia sido localizado o carro usado na viagem, que já indicava violência: sangue, vidros estilhaçados e perfurações de disparos.
Do desaparecimento à descoberta
A viagem começou em 4 de agosto, quando Alencar e os três colegas, profissionais experientes em cobranças há mais de 10 anos, partiram de São Paulo em busca de receber uma dívida de R$ 255 mil, referente à venda de uma propriedade rural. No dia seguinte, a comunicação com as famílias foi interrompida.
O caso foi tratado inicialmente como desaparecimento. No entanto, a esposa de uma das vítimas procurou a polícia no dia 6 de agosto, o que deu início a buscas que incluíram cães farejadores, sonar e até helicóptero equipado com câmeras infravermelhas.

No dia 12 de setembro, mais de um mês depois, surgiu a primeira grande pista: o carro das vítimas foi encontrado escondido em um bunker, em área de mata densa, a nove quilômetros da propriedade dos suspeitos. A descoberta intensificou as investigações e levou, seis dias depois, à localização dos corpos.

Suspeitos e fuga
As apurações apontam como principais suspeitos o produtor rural Antonio Buscariollo, de 66 anos, e seu filho Paulo, de 22. Ambos chegaram a prestar depoimento e confirmaram a negociação da venda da propriedade rural que originou a cobrança, mas negaram qualquer relação direta com a dívida.
Após serem liberados, desapareceram. A Justiça já emitiu mandados de prisão preventiva, mas, segundo a defesa, pai e filho fugiram por medo, alegando terem recebido ameaças.
O histórico de Antonio inclui antecedentes por posse ilegal de arma de fogo. Além dele e do filho, toda a família Buscariollo que vivia na propriedade deixou o local e também é investigada.
A investigação agora segue em sigilo e é tratada como homicídio qualificado. Para a polícia, restam poucas dúvidas de que a viagem de cobrança terminou em execução planejada.
Leia mais:
Receba notícias do Portal Tucumã no seu WhatsApp e fique bem informado!
CLIQUE AQUI: https://cutt.ly/96sGWrb






