Brasil – Uma adolescente de 15 anos foi flagrada em um vídeo oferecendo um cigarro eletrônico para seu sobrinho de 11 meses, em Anápolis, Goiás. O vídeo, publicado em um perfil privado no Instagram, foi compartilhado em grupos e acabou circulando pela internet. A gravação mostra a adolescente dando o cigarro eletrônico para o bebê, que coloca o dispositivo na boca e começa a sugar, exalando fumaça, antes de começar a tossir. A jovem ri da situação enquanto o bebê sofre com o desconforto.
O caso gerou indignação, principalmente por ser uma clara violação dos direitos da criança, já que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe a venda e o fornecimento de produtos que causam dependência, como os cigarros eletrônicos, para menores.
A Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) abriu um inquérito para investigar a conduta da adolescente, que pode responder por fornecer o cigarro ao bebê e por maus-tratos. A polícia também investiga como a jovem teve acesso ao cigarro eletrônico, já que ela mesma é menor de idade.
A delegada Kênia Batista afirmou que a apuração visa identificar a adolescente, seus responsáveis e testemunhas, destacando que um ofício foi enviado à Meta, empresa dona do Instagram, para rastrear a identidade da pessoa que publicou o vídeo antes de desativar a conta.
A comercialização e uso de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil desde 2009, por riscos à saúde pública. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantém a proibição após avaliar os impactos negativos desses dispositivos, que podem levar à dependência de nicotina, além de causar problemas de saúde graves, como danos cardiovasculares, pulmonares e até mesmo convulsões ou morte.
A polícia e as autoridades de saúde seguem investigando o caso, buscando responsabilizar os envolvidos e prevenir futuros incidentes semelhantes.
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