VÍDEO: Secretária de Educação classifica autismo, TDAH e dislexia como ‘modismos’ 

A declaração gerou repercussão negativa entre pais de alunos
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Foto: Reprodução

Brasil – A secretária de Educação de Jacobina, na Bahia, Emanuela Cunha, está no centro de uma controvérsia após declarações feitas em uma entrevista concedida à Rádio Jacobina FM, na última quinta-feira (9). Durante o programa “Jornal do Dia”, a gestora afirmou que condições neurodiversas como Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e dislexia são “modismos”.

Questionada sobre a possibilidade de inclusão de psicopedagogos nas escolas da rede municipal, Emanuela afirmou: “A gente vive, infelizmente, de modismos. De tempos em tempos se enfatiza uma situação. Já se foi a dislexia, TDAH, o autismo. A gente não precisa fazer esse recorte. A pasta não é educação especial, é inclusiva. A educação especial é um braço dessa pasta”.

A declaração gerou repercussão negativa entre pais de alunos, educadores e organizações que defendem os direitos das pessoas neurodivergentes. Muitos consideraram as falas desinformadas e prejudiciais às políticas de inclusão escolar.

A presidente da Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Jacobina, Carla Santos, criticou a declaração: “Classificar condições cientificamente comprovadas como ‘modismos’ demonstra desconhecimento e falta de empatia. Precisamos de gestão comprometida com a inclusão, não de retrocessos”.

Emanuela Cunha está à frente da pasta de Educação desde 1º de janeiro deste ano. Sua gestão tem sido marcada por debates sobre a alocação de recursos e a estruturação do ensino municipal, mas as recentes declarações podem impactar negativamente sua relação com a comunidade escolar.

Nota da Prefeitura de Jacobina

“A Prefeitura de Jacobina e a Secretaria de Educação reconhecem que, durante a entrevista concedida pela Secretária de Educação à Rádio Jacobina FM, no dia 9 de janeiro, suas palavras sobre transtornos como TDAH, dislexia e autismo podem ter sido mal interpretadas, especialmente após a divulgação de trechos fora de contexto.

Queremos, antes de tudo, nos dirigir diretamente às famílias de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições semelhantes. Sabemos o quanto essa realidade exige dedicação, amor e esforço, e jamais minimizaríamos ou desrespeitaríamos os desafios enfrentados por essas famílias. Se a fala gerou qualquer tipo de dor ou desconforto, pedimos sinceras desculpas.

A intenção da Secretária foi alertar sobre a necessidade de uma abordagem responsável, cuidadosa, sem segmentações, banalizações ou classificações precipitadas que possam estigmatizar os alunos. Evitando assim que assuntos tão importantes sejam tratados como “campanhas” ou de forma momentânea.

Reforçamos que o objetivo central de sua mensagem é o fortalecimento da educação inclusiva, que busca oferecer suporte personalizado e respeitoso a todas as crianças, considerando suas singularidades.

Reiteramos nosso compromisso com uma educação que acolha, respeite e celebre as diferenças. Para nós, cada criança é única e merece as condições adequadas para crescer, aprender e prosperar. Estamos à disposição para ouvir as famílias, aprender com elas e continuar a construir um sistema educacional mais inclusivo e transformador.”

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