O ex-presidente esquerdista do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, obteve uma nova vitória legal na segunda-feira (21) depois que um tribunal federal o absolveu de acusações de corrupção passiva relacionadas a supostos favores políticos, alegando falta de provas.
Em 2017, Lula foi acusado de ter concedido favores políticos a montadoras em troca de doações de 6 milhões de reais (cerca de US $ 1,2 milhão) para a campanha de seu Partido dos Trabalhadores (PT). As acusações contra o ex-presidente e outras autoridades foram feitas após a ‘Operação Zelote’, lançada pela polícia para investigar supostas fraudes e subornos no setor.
Mas na segunda-feira, o desembargador federal Frederico Viana julgou que o processo contra o ex-presidente “carece de elementos” que possam fundamentar qualquer condenação contra ele e os demais réus.
“É prudente e razoável pronunciar a absolvição” do ex-presidente, de seu ex-chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, e de cinco outros funcionários e empresários, disse o juiz.
Durante seu depoimento no ano passado, Lula negou as acusações, afirmando que nunca fez nenhum favor às montadoras.
Em março, o tribunal anulou todas as sentenças proferidas ao veterano político de 75 anos sob a ‘Operação Lava Jato’ (‘Lava Jato’) – uma grande investigação anti-suborno em que três ex-presidentes e vários funcionários foram indiciados.
A decisão deu a Lula o direito de concorrer à presidência novamente em 2022. Ele ainda não anunciou planos de entrar na disputa, mas pesquisas recentes o colocam à frente do atual líder do Brasil, Jair Bolsonaro, por 41% a 23% no primeiro turno.
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