O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse nessa quinta-feira (8) que passou vergonha durante uma reunião do G20 ao dizer que Brasil ainda não voltou às aulas. O ministro também declarou esperar que as atividades voltem ainda esse ano. A expectativa é de que a portaria com o protocolo de retorno às aulas seja publicada no início da semana que vem.
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“Depois que voltei do encontro com ministros da educação da Itália, eu passei vergonha na reunião do G20… O Brasil é o único país com 450 dias de escolas fechadas. A África do Sul voltou no ano passado. A maior parte dos países do G20 voltaram com as aulas”, afirmou Ribeiro.
Para discutir sobre o tema de retorno às escolas, Milton Ribeiro se reuniu com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Após o encontro, foi divulgado que medidas de segurança serão adotados em conjunto entre os ministérios para estabelecer o retorno dos alunos às salas de aula.
Milton Ribeiro disse ainda que o país “chegou ao limite” e ressaltou que a perda é acadêmica, emocional e pode ser até mesmo nutricional para muitas crianças. Na avaliação do chefe do MEC, alguns estados e algumas redes estão politizando a educação, tratando as crianças como “peça de manobra política”.
O analista político Italo Lorenzon, durante o Boletim da Manhã de sexta-feira (9), também lamentou o atraso do Brasil para o retorno às escolas. Segundo Lorenzon, governadores e prefeitos que fecharam as escolas alegando “defender a vida”, fizeram, na verdade, justamente o contrário ao privar da educação as crianças e adolescentes.
“Quando falamos, por exemplo, que precisamos defender vidas e empregos, porque emprego também é vida, nós precisamos defender as vidas, mas também temos que garantir acesso à educação das crianças, porque isso também faz parte da defesa da vida e não há razões para acreditar que voltar às aulas será prejudicial”, disse o analítico político.
Com informações via CNN BRASIL | Terça Livre