Fotos: João Paulo Castro e Wigder Frota
O Festival Folcórico de Parintins, maior manifestação cultural do Amazonas, pode ser adiado devido a pandemia do coronavírus (Covid-19). A informação foi levantada na tarde desta quarta-feira (25) pelo governador Wilson Lima durante uma coletiva online.
Wilson afirmou que esteve reunido com o prefeito de Parintins, Frank Bi Garcia, e os presidentes de Caprichoso e Garantido para debater sobre o assunto.
“Estamos vendo se adia pro final do ano, se cancela ou deixa para o ano que vem. O cenário é de que é impossível realizar o festival no final de junho. A gente não tem expectativa de que em junho a situação seja resolvida”.
A 55ª edição do festival está programada para acontecer nos dias 26, 27 e 28 de junho, no Bumbódromo. Durante a coletiva, Wilson Lima afirmou que a decisão final em torno do festival “vai sair ainda no mês de março”, podemos ser escolhido para outra data, final do ano ou até mesmo cancelar.
Devido a preparação antecipada do festival, Wilson acredita que não será possível realizar o festival diante da pandemia do coronavírus.
“Está inviável que o festival seja realizado no meio do ano, até porque começa a ser preparado um ano antes da festa. É preciso ter preparativos, contratações dos artistas e não teremos tempo hábil pra isso”, explicou.
Recentemente a organização do maior festival de São João no Brasil, realizado no mês de junho em Campina Grande, na Paraíba, foi adiado para acontecer de 09 de outubro a 08 de novembro.
Repercussão
A possibilidade do festival ser cancelado ou adiado gerou muitos comentários, principalmente nas redes sociais. O estudante Sasaki Silva afirmou que adiar o festival seja uma decisão sensata, mas torce para que uma cura para o coronavírus seja encontrada o mais rápido possível.
“O Festival de Parintins movimenta a cidade e principalmente sua economia, porém, neste momento, a pandemia vem assustando todo mundo. Então pelo bem da nossa saúde, acredito que a festa deva ser adiada sim”, disse.
Em contrapartida, a vigilante Hellen Medeiros afirmou que não deve ser adiado porque a população de Parintins tem sua principal renda econômica com a festa.
“A população vive da festa. Na minha opinião, essa gripe é como as outras que surgiram, uma hora vão achar a vacina pra prevenir. Todas as outras gripes várias pessoas também morreram e o mundo não parou a vida”, falou.
Óbito por coronavírus
Na última terça-feira (24) o Amazonas registrou a primeira morte por coronavírus. A vítima foi o empresário Geraldo Sávio da Silva, 49, natural de Oriximiná, no Pará, mas residia em Parintins.
Por João Paulo Castro