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“A pandemia abriu espaço para os ‘pandemônios’ assaltarem”, diz moradora sobre bairro perigoso

Moradores relatam casos de violência durante a pandemia
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(Foto: Jhonata Lobato)

Tempos atrás os bairros perigosos de Manaus eram facilmente identificados, hoje em dia não há mais tanta dificuldade em chamar um bairro de perigoso. Na tarde desta quarta-feira (15) nossa equipe foi até o bairro Monte das Oliveiras, Zona Norte da capital conversar com moradores a respeito do perigo na localidade.

A dona de casa Tatiana Pinheiro, de 43 anos, é moradora do bairro há mais de 12 anos. E nesse período ela já viu de tudo um pouco sobre a criminalidade, assaltos em ônibus, lanchonetes, pedestres e até tentativa de sequestros.

“Nós estamos sempre a mercê dos malandros, eu oriento meus filhos para ter cuidado com os caras do ‘passa o celular’. Eu sei que não é só o meu bairro que é assim, toda a cidade está perigosa. Você sai de casa e não sabe se volta e não importa o horário. Na verdade a gente nem pode sair muito de casa por causa da pandemia, e quando sai tem os pandemônios assaltando e assim não dá”, contou Tatiana.

A moradora relatou ainda sobre a estratégia que os criminosos têm para fazer vítimas, eles aproveitam que existe um shopping na localidade, e o fluxo de pessoas passando nas proximidades é grande, então eles usam dessa facilidade para cometer o crime.

“Eu me lembro até hoje de um episódio onde dois homens ficaram na esquina, do outro lado da rua em frente ao shopping, simulando que estavam com a moto no prego, e quando as pessoas se aproximavam eles anunciavam o roubo. Não tinha pra onde correr, é realmente um perigo grande”, completou.

Outro bairro

Já no bairro Colônia Oliveira Machado, Zona Sul, o clima não é diferente. Nossa equipe esteve na Feira da Panair e conversou com alguns feirantes que contaram que o ambiente é dominado por facções criminosas.

“Eu trabalho aqui há muitos anos e infelizmente o crime faz parte do nosso dia a dia. Todo mundo se conhece, inclusive conhecemos quem é envolvido com coisas que não são boas. Mas nós ficamos na nossa, fingimos que não vimos nada e não falamos nada para proteger a nossa vida, porque assim como eu sei quem é o sujeito, o sujeito também conhece minha rotina e minha família, então não vale a pena arriscar”, contou um feirante que preferiu não se identificar.

Já outro trabalhador do local explicou que a polícia militar faz o trabalho de patrulhamento nos arredores, mas os criminosos são astutos e conseguem driblar os oficiais e permanecem ali despercebidos.

“Em vários pontos desse mercado tem pichações de uma facção, ou seja, eles demarcaram o perímetro, é o local deles. Eles respeitam um pouco o nosso espaço e evitam traficar aqui dentro, mas ainda assim é intimidador. Nós aprendemos que não dá pra combater isso, então aprendemos a conviver com isso”, desabafou o feirante que pediu anonimato.

Confia abaixo a reportagem de Jhonata Lobato.

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=736816100196211&id=375217322606732

Jhonata Lobato

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