O ex-presidente (MDB) Michel Temer, que hoje possui 80 anos de idade e se consagrou popularmente com o apelido de ‘Vampirão’,, busca se posicionar no jogo político para disputar a corrida à presidência em 2022. As informações são do jornalista Ancelmo Gois .
Segundo o jornalista, amigos de Temer já criaram um grupo no aplicativo WhatsApp chamado ‘Michel Temer 2022’, para viabilizar uma eventual disputa eleitoral.
Na última semana, o ex-presidente foi absolvido pela Justiça Federal das acusações de uma participação num suposto esquema de corrupção num dos portos de São Paulo.
Durante a sua gestão, Michel Temer obteve uma das piores avaliações da história, com 82% de rejeição. Antes de deixar o cargo, porém, esse número diminuiu 20 pontos percentuais e caiu para 62%.
Apesar de todos os atritos recentes entre os três poderes, o ex-presidente diz que as instituições estão funcionando: “Nós não temos perigo de uma quebra institucional”.
Temer pede que o tema eleitoral fique para 2022, mas prevê que a elegibilidade de Lula desenha dois campos radicalizados entre Bolsonaro e o petista. O curioso é que o próprio Temer foi vice da presidente Dilma Rousseff (PT), que era candidata de Lula, e só se tornou presidente depois do impeachment.
O ex-presidente ainda acredita na possibilidade de uma terceira candidatura que possa competir com esses dois polos. Para ele, tudo deve ser definido somente no ano que vem.
Pandemia
Para o ex-presidente, a palavra do chefe do executivo tem imensa importância em como a população vai reagir à pandemia. “O comportamento, os gestos servem como exemplo para os seguidores”, opina ele.
Temer pede união nacional para definir as políticas públicas e acredita que Bolsonaro poderia ser considerado um herói nacional caso encampasse uma forte campanha de vacinação. “Seria extremamente útil para o país se o presidente se vacinasse”, acredita.
Ele vê o país se recuperando economicamente e cita os 260 mil empregos com carteira assinada criados em janeiro para sustentar sua tese. Para Temer, esse é o momento de focar na luta contra a Covid-19: “A economia é recuperável, a vida vai embora e não volta”.
Foto: Divulgação
Leia também: Bolsonaro ampliará indicações ao Judiciário após saída antecipada de ministros