Manaus – Bruno Henrique Silva, está sendo julgado na manhã desta quarta-feira (25), por feminicídio. Ele é acusado de matar a própria esposa, Thainara Barbosa Silva, com várias facadas.
A audiência teve início as 8h da manhã e está ocorrendo em plenário pelo Conselho de Sentença da 3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus.
O caso ainda tramita sob segredo de Justiça e, em razão das medidas de prevenção à covid-19 e em observância às regras da fase 2 do plano de retorno gradual das atividades presenciais do TJAM, participam da sessão apenas as pessoas diretamente envolvidas no ato processual (magistrado, representantes da acusação e da defesa, o réu, testemunhas, servidores do Júri e jurados).
O crime ocorreu no dia 1º de abril do ano de 2019, quando Bruno matou Thainara com 20 facadas na frente da filha do casal, uma menina que na época tinha três anos de idade. Ele fugiu da cena do crime e ficou foragido.
Após o protesto da família por Justiça, ele foi encontrado dois dias após o crime, no dia 3 de abril ele foi preso pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
Durante a audiência, o Fórum Permanente de Manaus (FPMM), a Associação das Mulheres Brasileiras (AMB) Amazonas, as Ativistas Feministas pelo Fim da Violência contra as Mulheres e o Levante Feminista contra o Feminicídio, realizam a Vigília Justiça por Thainara Barbosa Silva, que só terminará quando for anunciada a sentença do réu.
“Thainara foi mais uma mulher tirada do seu direito de viver, então não podemos ficar de braços cruzados neste caso. O réu tem que ser condenado, pois a impunidade incentiva outros feminicídios”, disse a feminista Luzanira Varela, uma das coordenadoras do FPMM, que estará acompanhando a vigília.
Os casos de feminicídios aumentaram no ano de 2020 no Amazonas. Foram registrados 16 crimes comparados a 9 em 2019. De janeiro a julho de 2021, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), notificou a estatística com 7 feminicídios, sendo 5 somente em Manaus, 1 em Manacapuru e 1 na Boca do Acre.
Durante a Vigília, além das manifestantes da organização feminista, familiares de Thainara estão presentes para pedir por Justiça.
Foto: Reprodução
