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Ana Maria Braga usa expressão racista ao vivo: ‘Inveja boa, inveja branca’

A expressão reforça estereótipos racistas
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Ana Maria Braga no 'Mais Você' - Foto: Reprodução Globoplay

Ana Maria Braga voltou a causar polêmica ao usar uma expressão racista durante o ‘Mais Você’. A apresentadora conversava com o jornalista Fabrício Battaglini sobre uma plantação no interior de São Paulo, quando afirmou que estava com inveja do colega por estar conhecendo um local tão lindo.

“Tem alguns momentos, não quando vocês passam perrengues, eu fui repórter de rua e morro de inveja, inveja boa, inveja branca de estar aí onde está”, relatou Ana Maria Braga.

“Inveja branca” é um termo racista, já que associa a cor branca a algo obrigatoriamente positivo, puro, inocente. A expressão reforça estereótipos racistas que fazem correlações entre a cor preta e sensações e sentimentos negativos.

Esta não é a primeira vez que Ana Maria se utiliza de discursos racistas ao vivo na Globo. Em março, a apresentadora precisou pedir desculpas após o público se revoltar com uma fala sua que legitimava a ideia falsa de “racismo reverso”, como se fosse possível que a população preta, vítima de escravidão e colonização, exercesse qualquer tipo de opressão em relação à supremacia branca. Mesmo após o fim da escravidão no papel, a população negra continuou sofrendo com a impossibilidade de inserção igualitária na sociedade brasileira, e a falta de oportunidades de emprego e o racismo estrutural podem ser vistos até hoje no desequilíbrio de acesso, marginalização das periferias e um número de 83% dos presos negros no sistema carcerário.

Erro sobre escravidão
Em agosto, Ana Maria Braga cometeu um erro polêmico ao definir a colonização do Brasil como um processo de “civilizatório”. A colonização por Portugal e outros países resultou no genocídio da população indígena, e promoveu o início da escravidão em terras brasileiras. O erro de Ana Maria aconteceu quando a apresentadora mostrava um especial sobre ‘Nos Tempos do Imperador’, nova novela da TV Globo.

“A novela tem um pouco de ficção, mas relatou o que aconteceu nessa época. Aonde a gente estava sendo civilizado, tentando uma civilização, e um momento muito difícil com uma escravidão que durou um tempo maior aqui na América do Sul e fomos o último país a libertar os escravos”, afirmou Ana Maria.

A nova trama, protagonizada por Selton Mello, mostra a história de Dom Pedro, imperador do Brasil, e o genocídio e escravização dos povos indígenas e da população negra sequestrada da África. Logo após a fala de Ana Maria, a atriz Dani Ornellas rebateu a apresentadora e ensinou o verdadeiro significado do processo de colonização no Brasil e na América do Sul.

O que o processo de colonização e escravidão fez no Brasil foi um apagamento da cultura tradicional dos povos indígenas e pretos, proibindo a manifestação de religiões tradicionais dos povos originários. Os povos indígenas que não foram exterminados permaneceram em fuga, e cerca de 90% das línguas indígenas originais brasileiras foram extintas no processo. Já o povo negro recebeu uma teórica Lei Áurea em 1888, mas que não auxiliou de forma alguma a inserção da população na sociedade colonial e acabou sendo uma precursora do sistema prisional conhecido hoje. De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça, cerca de 80% da população carcerária brasileira é formada por negros.

Com informações do Yahoo Vida e Estilo

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