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Anvisa diz que faltam dados de Sputnik V e Covaxin

Segundo a Anvisa, apesar de trazer algumas informações positivas sobre a vacina, os documentos russos não apresentam dados suficientes sobre a qualidade, eficácia e segurança da vacina.
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Anvisa diz que faltam dados de Sputnik V e Covaxin - Foto: Divulgação/ Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide, na tarde desta sexta-feira (4/6), se aprova os pedidos de autorização excepcional e temporária para a importação das vacinas Covaxin e Sputnik V contra a Covid-19.

Em primeiro lugar, foi apresentada a análise da Sputnik feita pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED), coordenada por Gustavo Mendes. Os técnicos utilizaram documentos do Ministério da Saúde da Federação Russa, com objetivo de complementar outros dados que a fabricante havia enviado.

Ele disse que, apesar de trazer algumas informações positivas sobre a vacina, os documentos russos não apresentam dados suficientes sobre a qualidade, eficácia e segurança da vacina.

“Ainda temos incertezas presentes nos dados que foram apresentados, incertezas essas que dizem respeito à maneira como a vacina apresenta eficácia, segurança e resposta imune”, explicou.

Por isso, Gustavo recomendou que a agência estabeleça uma série de regras para o uso do imunizante. “São condicionantes que buscam minimizar a exposição e risco das pessoas que irão tomar essa vacina”, concluiu.

No caso da Covaxin, o gerente-geral também afirmou que faltam dados atestar a eficácia do fármaco. A Anvisa espera que a fabricante Precisa Medicamentos envie informações complementares sobre resultados de imunogenicidade e segurança nos dias 15 e 30 de junho. Gustavo também apresentou condicionantes para o uso da vacina, caso a importação seja aprovada pela diretoria.

Como funciona

A reunião começou às 14h, e as três áreas técnicas da agência apresentam análises sobre os dois imunizantes. Depois, os cinco membros da diretoria colegiada votarão de forma favorável ou contrária à importação das vacinas.

A decisão é feita por maioria simples. Ou seja, dos cinco votos, ao menos três devem ser favoráveis para permitir a importação. Caso três votos sejam contrários, a autorização será negada. A análise e a votação serão transmitidas nas redes sociais da agência.

O presidente da agência, Antonio Barra Torres, iniciou a reunião prestando homenagem às vítimas da Covid-19. Ele pontuou que alguns países, que estão com campanhas de vacinação avançadas, já tiveram uma “retomada do dia a dia”, e desejou que a imunização no Brasil chegue ao mesmo patamar em breve.

“Hoje mesmo o noticiário internacional mostrou países que alcançaram um nível de vacinação que, a mercê de Deus, vamos alcançar no menor prazo possível”, disse. Ele também reiterou a importância do uso de máscara e do respeito às medidas não farmacológicas.

Os processos de importação da Sputnik V analisados hoje são dos seguintes estados: Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco, Piauí. Já o pedido da Covaxin veio do Ministério da Saúde.

Caso a importação seja aprovada, os estados, os municípios e o Distrito Federal ficam autorizados a adquirir e distribuir doses das vacinas. O pedido de importação da Covaxin foi feito pelo Ministério da Saúde, e o da Sputnik V foi realizado por governadores.

O relator do pedido de importação é Alex Machado Campos, da 5ª diretoria. Ele foi responsável pela relatoria dos primeiros pedidos de autorização de ambas as vacinas, negados pela agência entre janeiro e abril deste ano.

Além de Campos, os outros membros da diretoria colegiada são: Antonio Barra Torres (diretor-presidente), Meiruze Freitas (2ª diretoria), Cristiane Jourdan Gomes (3ª diretoria) e Romison Mota (4ª diretoria).

Áreas técnicas

O parecer da diretoria colegiada será baseado nas análises das áreas técnicas. A primeira a apresentar dados é a Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED), coordenada por Gustavo Mendes.

A segunda área, Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GGFIS), é coordenada por Ana Carolina Moreira Marino.

O último grupo é a Gerência-Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária (GGMON), coordenado por Suzie Marie Teixeira Gomes.

Com informações: Metrópoles

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