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Após ataques em escolas no AM, especialistas dão dicas aos pais de como prevenir os filhos

Especialistas pedem para que os pais conversem com as autoridades escolares e, em seguida, com os filhos
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(Foto: Rerpodução / Drazen Zigic / Freepik)

Manaus (AM) – Um ataque em um colégio particular de Manaus, localizado no Bairro Cachoeirinha, na zona Sul da capital amazonense, na tarde da última segunda-feira (11), despertou um alerta nas autoridades e nos pais. Com a repercussão em massa dos casos de atentados em escolas e ameaças de ataques, especialistas divulgaram dicas para os pais conversarem com os filhos sobre o assunto, com o intuito de prevenir situações do tipo.

Um dos principais conselhos dos especialistas aos pais é o de “serenidade”. Segundo a psicopedagoga e presidente da Associação Pró Educação Infantil MG (Apei), Renata Gazzinelli, as ocorrências de episódios violentos nas escolas são “horrorosos”, porém, devem ser vistos como “exceções dramáticas”.

“Não devemos fazer disso uma obsessão nem criar pânico prejudicial. Os pais precisam se tranquilizar e tranquilizar os filhos, combater a proliferação de notícias falsas e confiar nos órgãos responsáveis que já estão agindo. Não podemos dar palco, dar ainda mais dimensão para esses casos”, disse.

Outro caso que assustou a população, também na última segunda-feira (10), foi o de uma aluna que supostamente teria sido esfaqueada, segundo outros alunos, porém, a informação era falsa. O ocorrido despertou outro alerta na população, o de não espalhar fake news de nenhum tipo, principalmente as que alimentem ideias de ataque em escolas.

Outro ensinamento dos especialistas aos pais, foi o de confiança nas escolas, pensamento defendido pela diretora de relacionamento e mercado do bernoulli Sistema de Ensino, Renata Gazzinelli. A especialista informa que, antes de conversar com os filhos sobre o assunto, os pais devem conversar primeiro com as autoridades escolares.

“Quem escolhe a escola é a família e não o contrário. Se a família escolheu determinado colégio, foi por alguns motivos, e um deles provavelmente foi segurança. Em casos de dúvida, os responsáveis devem buscar entender quais métodos de segurança que a escola adota. Assim, os pais não passam medo ou temor para os filhos, mas sim algo concreto”, enfatizou Gazzinelli.

Renata abordou também sobre o cuidado e monitoramento das redes sociais dos filhos, pedindo para que os pais fiquem atentos às atividades das crianças, assim como os “pequenos delitos” que elas podem cometer na internet.

“A geração passada tinha a chave de casa, a atual tem a chave do mundo. Muitos pais são negligentes, acham que os filhos estão seguros no quarto e inseguro na rua. Às vezes é até o contrário, os perigos na internet são muito reais. Eu defendo que os pais administrem os perfis dos filhos e conversem sobre o tema. Eu digo que a melhor rede social é a mesa de jantar”, explicou.

“Tem jovem que vende gabarito de prova e outras coisas que não deveriam ser vendidas. São atos antiéticos. Muitas vezes os pais se preocupam com casos de violência registrados lá longe e não percebem os filhos se corrompendo com coisas pequenas”, concluiu Renata.

No último caso real de ataque à escola, que ocorreu no Colégio Adventista de Manaus, os pais receberam uma nota da instituição, em relação ao ocorrido. Confira:

“Queridos pais e/ou responsáveis,

Tendo em vista os últimos acontecimentos, será necessário enfatizarmos a importância dos pais não entrarem no espaço escolar, a não ser quando previamente agendado com o setor desejado. Essa simples regra nos permite um controle eficiente na circulação de pessoas em nossa escola.

Estamos implementando algumas medidas para nos prepararmos para eventuais crises como:

Treinamento dos colaboradores para momentos de crise como utilização de rotas de fuga.

Disponibilização de chaves a todos professores em sala para caso haja necessidade de trancamento rápido.

Continuação e intensificação do trabalho sobre bullying que já fazemos constantemente nas escolas.

Em relação aos portões e entradas, estaremos com monitoria reforçada.

Ressaltamos que, mesmo antes dos trágicos acontecimentos, a mantenedora da Rede Adventista de Educação Sul-Americana já havia agendado com as escolas de Manaus uma reunião e treinamento sobre gestão de risco nas escolas com o intuito de preparar as escolas para eventuais momentos de crise.

Cremos que medidas simples, porém eficazes como as mencionadas acima, tornarão nosso ambiente muito mais seguro a todos!”.

Comunicação pai x escola

A ação da escola, de imediatamente se comunicar com os pais e toda a população, foi de suma importância para agir conforme o que os especialistas pregam, trabalhando na confiança dos pais em relação ao colégio e as autoridades escolares.

A especialista em saúde mental, psicóloga Déborah Pacheco, informou que as crianças e adolescentes precisam se sentir prioridade na vida do outro, o que, segundo ela, é um fator essencial dos relacionamentos, e, na falta disso, elas podem acabar em uma “busca eufórica de pertencer”.

“O princípio básico de um relacionamento é sentir-se prioridade na vida do outro, e é exatamente isso que nossas crianças e adolescentes buscam nesse momento, sentir-se prioridade e pela ausência deste fator temos essa busca eufórica de pertencer”, explicou Pacheco.

Ainda confirme a especialista, existe uma maneira básica para fazer isso na relação parental, com a participação ativa na vida dos filhos, como divisão de responsabilidades. “Falar durante o dia transmitindo amor e segurança, demonstrar interesse em assuntos peculiares da idade, fazer um upgrade de ERA em relação à música, programação, assuntos e dificuldades da faixa etária de seu filho”, enfatizou.

De acordo com Déborah, não existe um tempo previsto para dar início a algo, devido à relatividade do tempo. “Mas temos a necessidade de vivermos e planejar diariamente nosso dia e o que nos torna feliz, ao olharmos nossos filhos devemos pensar o que posso fazer para torná-lo um adulto feliz e realizado? A resposta é única, amor”, finalizou Pacheco.

Então, na prática, os pais devem agir da seguinte forma:

  • Buscar entender as medidas de segurança tomadas pelas escolas, conversando com elas;
  • Confiar nos órgãos responsáveis;
  • Conversar com os filhos e os tranquilizar em relação aos episódios de violência;
  • Se atentar para as atividades das crianças e adolescentes nas redes sociais;
  • Evitar o contato dos filhos com as notícias e fake news sobre ocorridos do tipo, assim como não propagar as mentiras;
  • Ser participativo no dia a dia dos filhos, assim como demonstrar amor e os ajudar a se sentirem prioridade.

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