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Após fala de Guedes, chanceler conversa com embaixador chinês e esfria clima de tensão

O chanceler brasileiro Carlos França conversou Yang Wanming, embaixador chinês em Brasília, para amenizar o clima de tensão provocado pela fala de Guedes
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Após fala de Guedes, chanceler conversa com embaixador chinês e esfria clima de tensão
Após fala de Guedes, chanceler conversa com embaixador chinês e esfria clima de tensão

O chanceler brasileiro Carlos França conversou nesta quarta (28) com Yang Wanming, embaixador chinês em Brasília. O telefonema foi feito um dia após Paulo Guedes, ministro da Economia, acusar a China de ter criado o coronavírus e ter criticado a eficiência de vacinas chinesas.

Yang divulgou a conversa em uma rede social. “Nesta manhã, conversei, por telefone, com o chanceler brasileiro Sr. [Carlos] França. Concordamos em reforçar ainda mais a confiança política mútua num ambiente sadio e amigável, implementar os consensos entre os chanceleres, e continuar a nossa parceira de vacinas”, escreveu o diplomata chinês.

Nesta quarta-feira (28), França participa de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. “Nossa embaixada em Pequim acompanha em tempo real cada processo de autorização de exportação de IFAs”, disse, em referência às matérias-primas para a produção das vacinas.

A demora da China no envio de vacinas, bem como a de insumos para a produção delas, gerou atrasos na campanha de imunização contra a Covid no Brasil.

Na terça (27), o ministro Paulo Guedes fez críticas à China. “O chinês inventou o vírus e a vacina dele é menos efetiva que a do americano. O americano tem cem anos de investimento em pesquisa. Então os caras falam: ‘qual o vírus? É esse? tá bom’. Decodifica, tá aqui a vacina da Pfizer. É melhor do que as outras”, disse Guedes. ​

Os testes clínicos realizados até o momento verificaram uma maior eficácia de imunizantes desenvolvidos por farmacêuticas como Pfizer e Moderna, dos EUA, mas especialistas afirmam que as testagens ocorrem em circunstâncias diferentes e que os dados não podem ser comparados.

À noite, Guedes disse, em entrevista à imprensa, que usou uma imagem infeliz. Segundo ele, a declaração tinha o objetivo de mostrar “como uma economia de mercado forte”, em referência aos Estados Unidos, “consegue produzir uma resposta a algo que vem de fora”, em alusão à China.

O ministro lembrou que já tomou as duas doses da vacina Coronavac. “Não vou falar mal da vacina.”

Pouco depois, Wanming manifestou-se em uma rede social. “Até o momento, a China é o principal fornecedor das vacinas e os insumos ao Brasil, que respondem por 95% do total recebido pelo Brasil. A Coronavac representa 84% das vacinas aplicadas no Brasil”, escreveu o diplomata.

Com informações via Folha de SP
Foto: Divulgação

Leia também: Um milhão de doses da Pfizer chegam ao Brasil nesta quinta-feira (28)

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