Uma jovem de 19 anos, mantida em cárcere privado desde sábado (16), ligou para a polícia e pediu um hamburguer. Segundo a polícia, a vítima tinha sido estuprada pelo criminoso.
Ao invés de ligar para a lanchonete, a mulher discou 190 e fingiu estar conversando com o estabelecimento. O responsável por receber a ligação da vítima informou que era possível ouvir a voz do homem ao fundo e entendeu que a mulher poderia estar em situação de risco.
O acusado, de 32 anos, era amigo da jovem e dono da casa onde ela estava desde sábado. A vítima relata que o dono do imóvel a forçou a ter relações sexuais com ele durante todo o final de semana, impedindo-a de sair da residência.
A mulher comentou, ainda, que “pedir um lanche” foi o meio encontrado para buscar ajuda sem que o agressor descobrisse. O homem, que estava em prisão domiciliar em decorrência de crimes anteriores, na noite anterior foi encaminhado para a 26ª Delegacia de Polícia, em Samambaia do Norte, no Distrito Federal, onde foi autuado por estupro e cárcere privado.
Confira na íntegra o diálogo da vítima com o policial que atendeu seu chamado:
Vítima: Oi, é da hamburgueria?
Policial: É da Polícia Militar, senhora.
Vítima: Eu sei. Eu queria pedir um hambúrguer.
(…)
Policial: E você está com pressa para receber esse pedido?
Vítima: Sim.
Policial: Está bem. Vou pedir emergência.
Vítima: Ok.
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