Brasil – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) entrou com uma ação na 24ª Vara Cível de Brasília para tirar do canal ICL Notícias, no YouTube, reportagens, entrevistas e comentários a respeito de denúncias em que possivelmente Lira teria recebido por meio de um assessor o valor de R$ 106 mil. O assunto chegou a ser um dos mais comentados na manhã desta quarta-feira (12), no Twitter, em que o deputado é criticado e levantaram #ToComICL.
A ação de Lira remete a um conteúdo veiculado no canal no dia 6 de junho, com comentários sobre acusação de suposto recebimento de propina, denúncias de envolvimento de um auxiliar de Lira na aquisição superfaturada de kits robótica para escolas de Alagoas e uma entrevista com sua ex-mulher, Jullyene Lira, que o acusa de vários crimes.
Ainda na ação, o parlamentar pediu uma indenização por dano moral no valor de R$ 300 mil, além de solicitar que a ação corresse em sigilo e que os vídeos fossem tirados imediatamente do canal. No entanto, o juiz negou os pedidos feitos pelo parlamentar.
O responsável pela empresa que produz o ICL Notícias, onde foram veiculadas as reportagens de denúncias contra Lira, Eduardo Moreira, considerou que a ação quer censurar o canal.
“Não há dúvidas, trata-se de covarde e vergonhosa censura”. É inaceitável o chefe de um dos três poderes de uma República dita democrática tentar calar um canal de informações via pressão política e jurídica”, disse.
Após a repercussão desta ação, um abaixo-assinado de seguidores do ICL Notícias começou a circular, citando a defesa da liberdade de imprensa e tem ganhado força nas redes sociais.
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